O mercado de veículos elétricos tem mostrado fôlego para encarar os desafios na era da eletromobilidade, principalmente no Brasil, onde o tema ainda barra em muitos aspectos como preço, pontos de recarga, descarte apropriado de baterias entre outros fatores.
Em todo o caso, certo é que a mobilidade elétrica vem para ficar, ainda que demore mais tempo do planejado. Prova disso são algumas das empresas que têm se preparado para um futuro cada vez mais promissor e sustentável.
A Cicloway é uma delas. A empresa de mobilidade elétrica, com produção nacional em Manaus (AM), desde 2005 vem investindo em veículos elétricos tanto na modalidade de vendas quanto na locação e está focada em redução de custos, eficiência e sustentabilidade operacional para todos os segmentos de mercado.
Além disso, a Cicloway também possui programas de ESG (Enviromental Social Governance), ligados à sustentabilidade , para que as empresas clientes possam atender a diferentes requisitos dessa agenda global.
O mix da empresa atende desde pessoas físicas, quanto jurídicas e tem como princípio atender os perfis voltados para segurança e rondas; circulação em shopping centers, entregas e deliver, coleta e reciclagem e transporte de pessoas.
“Em julho de 2021, 6% do faturamento de locação era direcionado para o setor de delivery . Em julho de 2022, contabilizamos 36%”, afirma João Hannud, Diretor Executivo da Cicloway.
Confira uma entrevista que fizemos com Hannud sobre as perspectivas de mercado para o futuro.
O que as pessoas estão buscando primeiramente quando se fala em veículos elétricos em geral?
Muitas empresas têm percebido os benefícios e vantagens dos veículos elétricos para diferentes usos. Com maior busca por adequação às práticas ESG (sustentabilidade) e por economia, observamos o crescimento de 6 vezes em 1 ano no faturamento da Cicloway relacionado às locações para o mercado de entregas, principalmente destacando o uso dos tuk-tuks, um de nossos carros-chefe.
Quantas versões ao todo a Cicloway possui em seu portfólio?
A Cicloway possui 6 categorias de veículos elétricos: Bikes (Mini bike full 60 e Mini bike full 160), Motos (Mini Max, Robô, SuperCargo e Super Max ), Patinetes (SN), Segway (Mini lite, Mini Pro, i2 e x2 ), Triciclos (Trikke Defender ) e Tuk Tuks (Formigão, Girafa, Jardineira, Joaninha, Saúva). São mais de 20 modelos para atender a diferentes necessidades , tanto para o público final, quanto para empresas.
A empresa trabalha com vendas e locação. Quais dessas modalidades têm mais procura? Consegue mensurar em números e porcentagem de cada uma das categorias?
Sim, a Cicloway trabalha com vendas e locação de ciclomotores e a frota conta com mais de 20 modelos de veículos elétricos para compra ou locação. Entre os produtos estão tuk-tuks elétricos desenvolvidos pensando na redução de custos , eficiência e sustentabilidade operacional para todos os segmentos de mercado.
Os veículos de mobilidade leve destinados a transportes de 1 a 6 pessoas ou de 20kg a 500kg de carga , têm bateria que podem ser recarregadas em tomadas comuns, por cerca de 4 a 6 horas, gerando autonomia de 40Km, 50Km e 135Km, a depender do modelo.
É importante salientar que temos notado grande adesão por parte das empresas, inclusive com maior busca por adequação às práticas ESG e por economia . Observamos o crescimento de 6 vezes em 1 ano no faturamento da Cicloway relacionado à locações para o mercado de entregas, principalmente destacando o uso dos tuk-tuks.
Em julho de 2021, 6% do faturamento de locação era direcionado para o setor de delivery. Em julho de 2022, contabilizamos 36%.
E quanto aos valores, quanto custa o modelo mais acessível e o mais caro? E a locação do modelo mais acessível e o mais caro?
Para venda, a depender do modelo e autonomia, os valores são a partir de R$ 2.578 , como o Mini Segway Lite , e a partir de R$ 86.900 , o Tuk-tuk Girafa – plataforma elevatória para manutenção aérea. Para locação, há produtos disponíveis a partir de R$ 450 , a depender do plano. Os valores de locação são baseados no piso para São Paulo.
Qual o maior mix que a Cicloway atende hoje no mercado?
Hoje nós atendemos a diversos tipos de empresas de diferentes segmentos. Temos clientes que vão desde empresas de delivery, até negócios de cuidados animais.Mas o maior público que atendemos hoje, são as empresas de segurança e rondas .
Com um veículo elétrico, fica muito mais fácil para eles realizarem rondas em ambientes internos e externos, sem fazer barulho e sem gastar 1g de CO2. A Cicloway atua há 17 anos no mercado de segurança, com uso dos Segways , quando começou as atividades. Nos últimos 6 anos tem desenvolvido novos mercados como delivery, facilities, serviços, jardinagem, entre outros.
De um ano até agora, a representatividade do delivery foi multiplicada em seis vezes e é onde as perspectivas estão muito positivas para aplicação dos modais de veículos elétricos, nas entregas, na microdistribuição.
Como a empresa enxerga o mercado para os próximos anos?
Enxergamos o mercado de delivery que só tem curva de crescimento quando falamos de entregas de compras de mercadorias em domicílio , o setor de e-commerce também está 100 % relacionado às entregas.
Neste sentido, a perspectiva é só de ampliação e isso acaba impulsionando o crescimento dos modais de veículos elétricos para entregas, pois dentro de last mile (última milha), onde o comércio eletrônico tem muita força, não existe nenhum veículo que seja eficiente, econômico, e consiga entregar da melhor forma do que os ciclomotores.
Acreditamos que, acompanhando o movimento de mercado , a nossa perspectiva é de oceano azul, com muitas oportunidades e espaços para desenvolver outras aplicações que descobrimos ao longo do tempo, com insights vindos dos nossos próprios clientes.
Tem previsão de lançar novos produtos?
Sim, no momento estamos desenvolvendo mais produtos , ainda sem previsão de lançamento. Trabalhamos em constantes melhorias, desenvolvimento de produtos e soluções que atendam as demandas do mercado. Também procuramos acompanhar os avanços tecnológicos para suprir as necessidades apontadas tanto para B2B quanto para B2C.
Fonte: IG CARROS