Nesta quarta-feira (28), um grupo de advogados protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido de afastamento do ministro Alexandre de Moraes. O documento alega que o ato de degola, feito pelo juiz do TSE durante votação de um caso sobre Bolsonaro, foi “suspeito”.
“O sinal caracteriza uma manifestação pessoal do julgador, o que é vedado por lei e pela Constituição Federal”, observaram. “Não há dúvidas de sua conduta lesiva à imparcialidade do juiz, pondo em risco todo o processo eleitoral, tendo em vista a proximidade do pleito e seu posicionamento durante a sessão e histórico de perseguições a Bolsonaro.”
De acordo com o processo, o gesto de “faca no pescoço” referiu-se ao voto de minerva de Moraes. Na sessão, a Corte Eleitoral formou maioria pela proibição de lives do presidente nas residências oficiais.
“Nesse sentido, esta ação requer o afastamento cautelar de Moraes, devido à proximidade do pleito para o próximo dia 2/10, com apuração de suas condutas e ulteriores providências no âmbito administrativo, bem como, sendo o caso, apuração pela Procuradoria-Geral Eleitoral, em tese, de violações aos princípios da impessoalidade e moralidades”, argumentaram.
O que diz o ministro
Após o episódio viralizar e causar alvoroço entre os bolsonaristas nas redes sociais, Alexandre de Moraes afirmou que que o gesto de “degola” foi uma brincadeira com o assessor e que nada tinha haver com o julgamento na Corte.
“Foi uma brincadeira com um assessor meu que estava na plateia e demorou para me passar uma informação. Ela [ministra Maria Cláudia] nem tinha começado a votar.”
*Em atualização
Fonte: IG Política