O Dia Internacional do Idoso, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), é celebrado em 1º de outubro. No Brasil, a data era comemorada em 27 de setembro, quando foi estabelecida pela Comissão de Educação do Senado Federal, em 1999. Mas de 2006 em diante, houve a mudança conforme a Lei nº 11.433, para coincidir com a data de vigência do Estatuto do Idoso.
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Alguns preconceitos e imagens pejorativas que retratam os idosos vêm sumindo aos poucos. Um deles é o símbolo que identifica espaços reservados para os 60+. Um desenho branco em fundo azul com um boneco usando uma bengala em uma das mãos e a outra segurando o quadril, com as costas arqueadas, como se sentisse dor ao andar. Uma imagem que só serve para estigmatizar ainda mais os idosos e realçar o preconceito ou etarismo, apresentando claramente que a velhice é sinal de alguém doente.
Em algumas cidades brasileiras, a imagem pejorativa dos idosos já foi substituída pela de um bonequinho andando normalmente e com a aparência saudável. Uma imagem que representa melhor a população 60+ no Brasil.
Passado e futuro
Uma preocupação recorrente é a comparação que é feita a respeito do envelhecimento das gerações passadas com hoje, em razão de que são realidades e contexto distintos. Segundo informações do IBGE, das Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil, da década de 40 para 2019 a expectativa de vida aumentou 31,1 anos, ou seja, antes a previsão era de 45,5 anos frente à média de 76,6 anos atuais.
A imagem de uma pessoa acima dos 60 anos mudou, não podemos mais enxergar como idosos de bengala. Muitos não compreendem que a mudança na qualidade de vida está gerando longevidade e autonomia. Ou seja, tanto os homens, quanto as mulheres, estão envelhecendo bem e a cada dia estão com aspectos mais jovens, saudáveis e com vitalidade.
O significado do termo etarismo, é o preconceito e a discriminação baseados na idade, gerando diversos traumas para a pessoa que é vítima, podendo resultar em depressão. Portanto, é fundamental a sociedade se conscientizar o quanto esse padrão imposto e a discriminação podem ser doentios. É importante que as pessoas 50+ pratiquem todos os dias a autoaceitação, além de cuidarem da saúde física e mental para que tenham um envelhecimento de qualidade e possam viver da maneira que se sintam bem consigo mesmas. Principalmente, não se moldando aos estereótipos de velhice que a sociedade impõe.
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É preciso saber envelhecer com qualidade. A forma como vamos chegar na velhice é uma decisão que só depende de nós, por isso, é preciso planejar e se cuidar desde cedo. Essa fase da vida, quando bem vivida, proporciona grandes prazeres. Todas as pessoas com mais de 50 estão aptas para explorar as mais diversas áreas da vida, nunca é tarde para começar.
Etarismo x mulheres
A questão do etarismo atinge ainda mais as mulheres acima dos 50 anos. Elas lutam para desmitificar o estereótipo desta faixa etária nos tempos atuais e que idade não define capacidade física e intelectual.
Frases como: “Você não aparenta esta idade”, “Isso não é adequado e nem elegante para a idade”, entre outras, demonstram o preconceito da sociedade com as pessoas nesta faixa etária.
O homem idoso, quando fica grisalho é considerado charmoso, não é questionado por casar-se com pessoas mais jovens e nem pela paternidade tardia. Já a mulher é mais cobrada. Infelizmente a sociedade ainda tem a concepção de que principalmente a mulher, a partir dos 50 anos de idade, deve ter uma vida pacata, assexuada e sem vaidade.
Muitas famosas no Brasil já relataram, por meio de suas redes sociais ou entrevistas, que já sofreram ou sofrem etarismo. Ana Paula Padrão, Ingrid Guimarães e Fátima Bernardes são alguns dos exemplos. Fátima foi criticada em razão do seu relacionamento com Túlio Gadelha, que é 25 anos mais novo que ela.
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Outra atriz que ganhou destaque recentemente foi Claudia Raia, de 55 anos. Ela anunciou que está grávida de seu terceiro filho. Ela sofreu ataques nas redes sociais em razão da idade. Por outro lado, relatou que foi envolvida por uma “onda de amor” de fãs e amigos.
Vida sexual na maturidade
Outro tabu que envolve os idosos: a sexualidade. Pois, precisamos desmistificar esta questão, ao contrário do que imaginam, idosos também podem ter vida sexual ativa. Mesmo se a frequência for menor nesta idade, não significa que a relação não seja prazerosa. E a experiência pode tornar o ato até melhor.
Uma vida sexualmente ativa traz benefícios para a saúde e bem-estar, em qualquer faixa etária. O relacionamento na terceira idade assume um sentido ainda mais importante para a manutenção do bem-estar emocional de quem está na fase mais avançada da vida.
Economia prateada: o potencial dos idosos economicamente ativos
Na questão financeira os 60+ também continuam ativos e há um extenso mercado de consumo para os idosos. Apesar disso, empresas ainda patinam na comunicação com os idosos. Além disso, os 60+ também estão apostando no empreendedorismo. Por conta do aumento dos anos de atividade isso faz com que muitas pessoas invistam em outras profissões ou até em negócios próprios para ampliar a renda.
É preciso ter a consciência da nova imagem dos 60+, eles estão mais ativos na vida pessoal e na sociedade como um todo.
Fonte: IG Mulher