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Sem fake news! Saiba como identificar quando uma notícia é falsa

Alguns passos podem ajudar a identificar quando a notícia é falsa
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Alguns passos podem ajudar a identificar quando a notícia é falsa

Durante o período eleitoral as fake news são utilizadas como uma ferramenta de influência política que age para confundir o eleitor e atacar o adversário. O termo é usado para designar notícias falsas ou desinformação que são espalhadas, geralmente pelas redes sociais com o intuito de influenciar opiniões políticas ou para gerar o máximo de cliques possível. 

Um levantamento feito pela Folha de S. Paulo mostrou que páginas com fake news possuem até cinco vezes mais interações do que as dos meios de comunicação tradicionais. Para Maikel Alves, estrategista em comunicação eleitoral, o engajamento de fake news costuma ser maior pois elas têm características apelativas, dramáticas e polêmicas. “Normalmente, elas atacam a honra de alguém e, estrategicamente, são direcionadas ao público que tem interesse em propagá-las. Essas pessoas, usualmente, não se importam se o conteúdo é falso ou não. Elas simplesmente querem algo para se apegarem e atingirem o adversário”, afirma.

Segundo o estrategista, as notícias falsas começaram a ganhar maior visibilidade aqui no Brasil durante o processo eleitoral de 2018. “Foi um ano com terreno fértil para fake news, principalmente por Whatsapp. Ouso dizer que todas as campanhas do país foram vítimas ao menos uma vez de alguma informação falsa. Creio que uma das mais prejudicadas foi a candidatura de Dilma Rousseff ao senado, que liderava até poucos dias da eleição”, comenta.

Buscando diminuir a propagação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), possui um Sistema de Alerta voltado ao combate às desinformações durante as eleições. O canal possibilita o envio de denúncias  sobre o processo eleitoral e inclui, entre outras ferramentas, o aplicativo Pardal e a Denúncia Eleitoral de disparo em massa pelo Whatsapp. O órgão também conta com um assistente virtual responsável por checar notícias pelo whatsapp. Tudo bem rápido e simples, assegura a assessoria de imprensa do TSE.

Porém, algumas notícias falsas são muito bem produzidas. Confira algumas dicas que podem ajudar você a não cair e não repassar uma fake news:

  • Quando você receber uma notícia, verifique qual o veículo apontado como o editor do conteúdo e quais são as fontes que citadas ao longo do texto; 
  • Quando receber a notícia, clique e leia o conteúdo completo e não somente a manchete;
  • Verifique se o texto tem erros de português, de formatação, letras em caixa alta ou uso exagerado de pontuação,
  • Fique atento às postagens em redes sociais que não citam fontes.
  • Se uma notícia parecer extremamente satírica, questione se ela deve ser levada a sério. 

Para facilitar ainda mais, em 2022, o Google lançou uma plataforma para a conferência de dados, denominada Fact Check Explorer . A aba tem como objetivo impulsionar canais de checagem. Há ainda a possibilidade de entrar em sites de verificação e buscar termos da notícia para checar se é verdadeira ou não. Atualmente, existem inúmeras ferramentas que facilitam esse processo de checagem de fatos como Boatos.org , Agência Lupa , Estadão Verifica  etc.

Para o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Octávio Costa, quem produz fake news consegue produzir de tal maneira que pode até parecer que a notícia foi veiculada em grandes veículos. “Eles inventam capas, montagem, de uma forma desonesta mesmo e a pessoa desavisada acredita que é real”, comenta. O jornalista ressalta que é difícil fazer essa triagem, daí a importância de mecanismos que coíbam a veiculação de desinformação. 

O Jornal O Dia participa do Projeto Comprova que tem como intuito investigar colaborativamente conteúdos suspeitos sobre as eleições presidenciais. “O Comprova procura no jornalismo colaborativo a chave para oferecer aos leitores verificações feitas com rigor, precisão e transparência. Cada verificação é feita por três ou quatro repórteres, de veículos diferentes, e é revisada por ao menos outros cinco, também de distintas mídias e lugares” afirma Sérgio Lüdtke, editor do projeto. (Bianca Guilherme)

Fonte: IG Política

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