A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,7% no trimestre encerrado em setembro, de acordo com dados da Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (27). Ao todo, 9,5 milhões de pessoas não têm emprego.
Esta é a menor taxa registrada desde o trimestre encerrado em junho de 2015, quando 8,4% da população estava desempregada.
No trimestre encerrado em agosto, a taxa de desemprego no país era de 8,9%. No terceiro trimestre do ano passado, a taxa era de 12,6%. “A taxa de desocupação segue a trajetória de queda que vem sendo observada nos últimos trimestres. A retração dessa taxa é influenciada pela manutenção do crescimento da população ocupada”, afirma Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.
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No ano, a população desocupada diminuiu em 4 milhões, uma queda de 29,7%. Atualmente, o nível de ocupação é de 57,2%, o mais alto desde o trimestre encerrado em outubro de 2015.
Trabalhadores sem registro batem recorde
A pesquisa ainda revela que cresceu em 1,3% o número de empregados com carteira de trabalho assinada em relação ao trimestre anterior. Atualmente, são 36,3 milhões de pessoas neste regime, número que cresceu 8,2% no ano.
Por outro lado, o número de empregados sem carteira assinada no setor privado foi de 13,2 milhões de pessoas, a maior taxa da série histórica, inciada em 2012. No ano, a alta foi de 13%.
Já a taxa de informalidade caiu sutilmente. No trimestre encerrado em setembro, esse grupo representava 39,4% da população ocupada, contra 40,6% no mesmo trimestre do ano passado.
Rendimento médio cresce
Pela primeira vez desde junho de 2020, o rendimento real habitual cresceu, chegando a R$ 2.737,00.
“O crescimento do rendimento real está relacionado à redução da inflação, proporcionando ganhos reais. O rendimento nominal, que não desconta a inflação, já vinha crescendo em 2022, enquanto o real estava registrando queda. Na medida em que há uma retração da inflação, passa-se a ter registros de crescimento no rendimento real”, explica a coordenadora da pesquisa.
Fonte: IG ECONOMIA