A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou nesta quarta-feira (9) um levantamento que mostra a necessidade de investimentos de R$ 72,2 bilhões para recuperar rodovias públicas e concessionadas do país. De acordo com a pesquisa, 66% das pistas do país estão em situação regular, ruim ou péssima, enquanto 34% atingem níveis satisfatórios.
O valor é mais de 1.000% do investimento programado pelo governo federal para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Neste ano, o DNIT recebeu R$ 6,2 bilhões para gastar com as rodovias federais.
Segundo a CNT, 110.333 km de rodovias foram analisadas pelos pesquisadores. Cerca de 55% tem boa pavimentação, enquanto 44% apresentam péssimas condições de uso.
A situação mais precária está na Região Norte, onde 79,2% da malha rodoviária pavimentada é considerada ruim, péssima ou regular. Outros 20% são vistas como boas ou ótimas. Já a Região Sudeste conta com 55,7% da malha estão em situação precária e 44,3% estão em boas ou ótimas condições.
O Acre é o estado que tem a pior situação entre as rodovias do país. Segundo a pesquisa, 97,8% das rodovias estão em péssimas condições, enquanto apenas 2,2% da malha estão com boa pavimentação.
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São Paulo é destaque no levantamento feito pela CNT. Com maior número de rodovias concessionadas, o estado em 76% da malha em boas e ótimas condições e apenas 23% em níveis ruins ou péssimos. A pesquisa encontrou 29 pontos críticos, mas não citou em quais pistas.
Além de SP, as rodovias de Alagoas e do Distrito Federal são as únicas que apresentaram mais de 50% da malha rodoviária em boas condições. No estado nordestino, 68% das rodovias estão em níveis satisfatórios, enquanto o DF tem 52,4% das rodovias são consideras boas ou ótimas.
Gasto de combustível
A CNT estima que as condições precárias nas rodovias do país provocam o gasto de 1,1 bilhão de litros de diesel a mais que os caminhões gastariam caso transitassem por pistas bem pavimentadas. Essa, inclusive, se tornou uma das demandas dos caminhoneiros nos últimos anos, que pedem melhorias nas pavimentações para redução do gasto de combustível e aumento na segurança nas rodovias.
Segundo a confederação, os problemas nas rodovias geraram gastos de R$ 4,8 bilhões as transportadoras.
Fonte: IG ECONOMIA