DA ASSESSORIA
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O projeto “Biolodo: transformando lodo em adubo”, da Águas Cuiabá, empresa do grupo Iguá, foi apresentado no I Seminário de Aplicação de Biossólidos em Solos no Estado de Mato Grosso, realizado pelo Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental (DESA) em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos (PPGRH) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O evento reuniu especialistas de todo o país para discutir boas práticas e soluções inteligentes para o lodo produzido nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs).
Ministrada pelo coordenador operacional de tratamento de esgoto da concessionária, Alan Guedes, a palestra evidenciou os primeiros resultados do projeto piloto que transforma lodo em adubo, realizado pela Águas Cuiabá em parceria com a Prefeitura de Cuiabá e Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer-MT). O Assentamento 21 de Abril, localizado na zona rural da Capital, foi o case apresentado no evento. Escolhido para receber, gratuitamente, as primeiras cinco toneladas do biolodo produzidos nas ETEs de Cuiabá, o local já teve a matéria orgânica aplicada no cultivo do capim-açu, em uma área de quatro mil metros quadrados.
“A partir de 2017, com o início dos investimentos na modernização e ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Cuiabá, na gestão da Águas Cuiabá, foi possível viabilizar este projeto, que é de cunho socioambiental, e visa beneficiar pequenos produtores, reduzindo os custos com a produção, ao mesmo tempo que faz a destinação mais sustentável do lodo produzido nas estações de tratamento de esgoto”, explica Guedes. Ele acrescenta que antes de ser enviado aos produtores, o lodo passa por rigorosos processos de tratamento e de testagens para garantir a sua qualidade e segurança sanitária.
“A Águas Cuiabá também elaborou um projeto agronômico, que ajudou a definir a quantidade necessária para cada tipo de cultivo. Já no primeiro mês após a aplicação do biolodo, observamos aspectos positivos no capim, como a coloração mais verde e a espessura do caule maior”, enfatiza o coordenador.
Para o professor responsável pela realização do evento, Jhonatan Barbosa da Silva, o seminário surge como uma grande oportunidade de discutir a sustentabilidade. “Por meio do evento conseguimos entender e pontuar os benefícios e os desafios na produção e utilização dos biossólidos em Mato Grosso. Outro ponto relevante discutido ao longo do seminário foram as legislações, essenciais para a normatização de todo o processo”.
Inédito em Mato Grosso, o projeto de biolodo segue requisitos ambientais e agronômicos normatizados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema). O chamado biossólido, é resultante do processo de tratamento do esgoto sanitário doméstico que, devidamente tratado, é rico em nutrientes e traz diversos benefícios à produção rural.
“O comprometimento da Águas Cuiabá vai além da promoção de qualidade de vida por meio da universalização do saneamento básico – é também o cuidado com o meio ambiente. O projeto do biolodo promove a destinação segura dos resíduos sólidos de modo que contribua com a sustentabilidade e com o desenvolvimento econômico na agricultura familiar em Mato Grosso”, destaca a diretora operacional da Águas Cuiabá, Julie Campbell.
Além da companhia de saneamento de Cuiabá, a programação do evento contou com a participação de outras entidades como: Empaer-MT, Centro de Referência em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto, Sanepar, Embrapa, Wetlands Construídos, Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) e Bioativa Compostagem.