O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender nesta sexta-feira (2) que o orçamento secreto sofra modificações. Ele declarou que às emendas do relator “não podem continuar do jeito que está”. Ao longo das eleições, o petista garantiu que trabalharia para dar um ponto final no mecanismo.
Em entrevista coletiva dada no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) em Brasília, na sede da transição de governo, Lula foi perguntado sobre o orçamento secreto. Ele relatou que aprova às emendas parlamentares, só que sua defesa é que haja mais transparência e estejam alinhadas com o governo federal.
“Eu sempre fui favorável que o deputado tenha emenda, mas é importante que ela não seja secreta. E é importante que a emenda seja dentro, sabe, da programação de necessidades do governo. E que essa emenda seja liberada de acordo com os interesses do governo. Não pode continuar da forma que está. Acho que todo mundo compreende isso”, explicou.
No início da sua campanha, Lula garantiu que iria se esforçar para acabar com o orçamento secreto. Na avaliação dele, a verba não pode ficar nas mãos dos presidentes da Câmara e do Senado. O petista também relatou que o mecanismo era uma forma do presidente Jair Bolsonaro (PL) ficar nas mãos do Congresso.
Com o início da transição, Lula enviou auxiliares para negociar a mudança com Arthur Lira (PP), presidente da Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD), chefe do Senado. Porém, até o momento, não há indícios se ocorrerá alterações no mecanismo.
Lula e Arthur Lira
A maior resistência para o fim do orçamento secreto é de Lira. Porém, o PT, PCdoB, PV e PSB anunciaram que vão apoiá-lo para a reeleição da presidência da Câmara. Segundo membros desses partidos, uma das condições para que o acordo saísse do papel foi a alteração nas emendas do relator.
Uma das sugestões dadas pelo governo eleito é uma espécie de cardápio para os deputados realizarem sugestões dentro de projetos que são de interesse do executivo federal.
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Fonte: IG Política