DA CNN BRASIL
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A Polícia Federal faz uma operação na casa de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do Distrito Federal (DF), nesta terça-feira (10). As autoridades cumprem mandado de prisão, busca e apreensão.
Torres foi exonerado do cargo durante o Ataque aos Três Poderes, no domingo (8). Os atos criminosos também provocaram o afastamento de Ibaneis Rocha, governador do DF, por 90 dias, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Também no domingo, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao STF a prisão do ex-secretário, conforme revelou o analista de Política da CNN Caio Junqueira.
Em entrevista à CNN nesta terça, interventor federal Ricardo Cappelli acusou o ex-secretário de sabotar a segurança da capital federal nos atos criminosos. Ele teria alterado todo o comando da secretaria e viajado para fora do Brasil.
“Houve uma operação estruturada de sabotagem comandada pelo ex-ministro bolsonarista Anderson Torres. Ele montou a sabotagem e fugiu do Brasil”, disse Cappelli.
Nesta segunda (9), pelo Twitter, o ex-secretário publicou um pronunciamento dizendo que foi “surpreendido pelas lamentáveis cenas” em Brasília durante seu “segundo dia de férias”.
“Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos. Estou certo de que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seus responsáveis exemplarmente punidos”, escreve o comunicado.
Após as acusações, o Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União, pediu o bloqueio de bens do ex-presidente Bolsonaro, de Ibaneis Rocha e de Anderson Torres, segundo a âncora da CNN Daniela Lima.
O ex-secretário é delegado de Polícia do DF e foi ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL).