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INVESTIMENTO DE R$ 5,4 MILHÕES

MT inaugura escola evangélica com nome de igreja; Ministério Público investiga

SECOM

A Escola Estadual Evangélica Assembleia de Deus foi inaugurada, nesta sexta-feira (24), em Barra do Bugres, a 169 km de Cuiabá. O nome religioso é alvo de investigação do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e especialistas ouvidos pelo g1 divergiram sobre a constitucionalidade da escolha do nome, diante do estado laico.

O advogado mestre em direito constitucional, André Trapani, apontou que a nomeação fere, em seu entendimento, a Constituição Federal.

“A Constituição estabelece que o estado é laico, ou seja, não pode ter preferência a igrejas ou religiões. O nome da escola, que é pública, deve respeitar a laicidade do Estado e pode ser sensível a pessoas de outras religiões que queiram matricular seus filhos lá. Então, sim, há uma inconstitucionalidade no nome”, afirmou.

Já o advogado Felipe Amorim Reis, presidente da Comissão de Estudos Constitucionais da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), explicou que não vê inconstitucionalidade na questão.

“Embora seja um prédio público, é uma instituição de ensino, não é nenhum outro tipo de serviço público. Da mesma forma que [prédios públicos do estado] têm nome de igreja protestante, também têm com nome espírita e católica, de outras religiões. Por essa razão, não vejo inconstitucionalidade”, afirmou.

Conforme Reis, o Supremo Tribunal Federal (STF) já julgou uma questão semelhante envolvendo a palavra “Deus” escrita no início da Constituição Brasileira, a respeito da proteção divina.

“Na oportunidade, o STF entendeu que essa questão, essa palavra, não fere a laicidade do estado. Baseado nesse entendimento, uma escola com Assembleia de Deus, não vejo a violação da laicidade do estado”, explicou.

A escola

O colégio deve atender cerca de 1,3 mil alunos da rede estadual de ensino e, conforme o diretor regional da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Saulo Scariot, irá seguir a mesma orientação pedagógica de toda a rede estadual.

A escola surgiu dentro da Igreja Assembleia de Deus e, no começo da década de 1990, passou a ser mantida pelo estado. Nesta sexta-feira (24), foi a realizada a inauguração do novo prédio, que custou R$ 5,4 milhões.

Segundo Scariot, se a sociedade não concordar com o nome atribuído ao colégio, ele poderá ser trocado.

Conforme o secretário de estadual de Educação, Alan Porto, a escola irá seguir as bases do Novo Ensino Médio e oferece três cursos técnicos em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrila (Senai), com objetivo de preparar os alunos para o mercado de trabalho.

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Um comentário em “MT inaugura escola evangélica com nome de igreja; Ministério Público investiga”

  1. Edemir disse:

    Evangélicos são a maior ameaça ao estado laico e querem submeter as crianças as suas crenças absurdas e diante de ameaças em nome de Deus. Deveriam serem banidos da política e pagarem impostos . São os mais incredulos da humanidade com suas crenças sem fundamentos

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