DA ASSESSORIA
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“Chegou a hora de acabar com a patifaria. Uma verdadeira patifaria. Ongs virou uma verdadeira indústria aqui no Brasil”. A afirmação foi feita nesta quarta-feira, 14, pelo senador Jayme Campos (União-MT) ao participar da reunião de instalação da CPI da Organização não governamental (ONG). Mesmo sem ser membro, ele fez questão de manifestar seu apoio as investigações sobre a atuação das organizações não-governamentais na Amazônia brasileira.
Proposta pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM), a CPI pretende dar maior transparência para o Fundo Amazônia e para as verbas que mantêm as organizações. Outro foco é como os recursos que são arrecadados “em nome da Amazônia” são utilizados. Segundo Jayme Campos, no Brasil estão “alguns milhares de Ongs” que atuam supostamente na defesa de índios e da proteção ambiental.
Em sua participação, Campos ressaltou que o volume de recursos empregados nas Ongs da Amazônia ultrapassa em muito a casa dos bilhões. No entanto, segundo ele, a realidade de muitas etnias não condiz com o investimento – o que leva a suspeita de desvios de recursos captados. Ele ressaltou, por outro lado, que há pelo menos 20 milhões de brasileiros na região e que não são tratados como bem deveria.
“Somos vistos como desmatadores, devastadores da Amazônia brasileira, das nossas florestas e destruidores do ecossistema, o que não é verdade” – ele frisou, ao destacar que a população amazônica atua, em verdade, na defesa da soberania nacional. “Todos os dias colocam algo para, se possível, tomarem de nós, tornar-se ali outro país independente” – suspeitou.
Jayme Campos lembrou que a questão das Ongs vem sendo alvo de debates há muitos anos. Inclusive, no seu primeiro mandato como senador. Ele enfatizou que Mato Grosso, que também integra a região amazônica, mantém 63% de seus quase 900 mil quilômetros quadrados devidamente preservado, mesmo ocupando a condição de campeão nacional da produção de grãos.
Sobre as etnias que habitam o Estado, Jayme ressaltou a atenção dada aos grupos indígenas, com aquisições, mediante emendas ao Orçamento, de equipamentos agrícolas para produção e também de veículos para atender as comunidades. “Sei que querem produzir, eles querem ser tratados como tal, querem ser gente, não querem ficar no anonimato… Não querem ser subservientes, querem ter o direito como todos nós brasileiros temos” – assinalou, ao depositar confiança no trabalho da CPI no cumprimento de sua finalidade.