FONTE CM7 BRASIL
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Milhares de tubarões na costa da Flórida podem ter ingerido grandes quantidades de cocaína deixadas na água por traficantes de drogas que tentavam levar seu produto para os EUA. O biólogo marinho Tom Hird está investigando o fenômeno, que é tema de um documentário que estreará no Discovery Channel chamado “Cocaine Sharks” (Tubarões-cocaína, em tradução livre). “A história mais profunda aqui é a maneira como os produtos químicos, fármacos e drogas ilícitas estão entrando em nossas águas – em nossos oceanos – e que efeito eles poderiam ter nesses delicados ecossistemas oceânicos”, disse Hird, conhecido como “The Blowfish”, à revista Live Science. Grandes tijolos de cocaína vindos da América do Sul e Central têm ido para as praias da Flórida por décadas.
Os blocos enormes costumam ser jogados no mar e recolhidos por traficantes de drogas em barcos. Uma matéria do Inside Edition publicada nesta sexta-feira (21) revelou inclusive que os tubarões pode se tornar mais agressivos e se arriscaram mais para se aproximar de banhistas, o que aumentou os ataques na Flórida.
Hird decidiu ouvir pescadores, que têm contado histórias de tubarões viciados em drogas após consumir o material. Durante um mergulho, eles encontraram um tubarão-martelo se comportando de maneira estranha.
Em um experimento, Hird e a cientista ambiental da Universidade da Flórida, Tracy Fanara, criaram embalagens semelhantes em tamanho e aparência a fardos de cocaína reais. Eles observaram tubarões indo direto para os fardos e mordendo-os. Um tubarão pegou um fardo e nadou com ele, disseram eles.
Em outro, eles fizeram uma “bola de isca” de pó de peixe altamente concentrado, que desencadearia uma onda de dopamina semelhante a uma dose de cocaína. Os tubarões aparentemente enlouqueceram. “Acho que temos um cenário potencial de como seria se você desse cocaína aos tubarões”, disse Hird no filme. “Nós demos a eles o que eu acho que é a próxima melhor coisa. [Isso] colocou [seus] cérebros em chamas.
Foi uma loucura.” Segundo o cientista, é preciso fazer mais experimentos para entender o que de fato está acontecendo nas águas, mas as primeiras impressões apontam para a confirmação da história dos pescadores.