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MEIO AMBIENTE

Poconé é a segunda cidade de MT a discutir o BID Pantanal

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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ALMT / Secom

Poconé foi a segunda cidade a debater o programa BID Pantanal. A audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso na noite desta sexta-feira (15), foi realizada na Câmara Municipal e faz parte de um ciclo de quatro encontros que serão realizados ainda em Barra do Bugres e Cáceres.

O coordenador dos debates, deputado estadual Wilson Santos, explicou que o programa do Governo Federal em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), é gerenciado pelos Ministérios da Agricultura (Mapa), Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia e Cidades, com apoio das 12 prefeituras atendidas, além de associações de produtores e cooperativas.

O objetivo é melhorar o rendimento de produção de cada um desses municípios com foco na agricultura familiar e na sustentabilidade. Mas também, levar avanços na área de desenvolvimento social e meio ambiente.

O programa terá assistência técnica da Empaer.

Mas o que é o BID Pantanal? É um “programa de desenvolvimento sustentável da bacia hidrográfica do Alto Paraguai, através do gerenciamento e conservação dos recursos naturais e da promoção de atividades econômicas ambientais compatíveis com os ecossistemas da região, de forma a melhorar as condições de vida da população local. Um programa estruturante de planejamento estratégico”. Está dividido em quatro eixos: renda, saneamento, educação e infraestrutura. O programa vai destinar R$ 1 bilhão de reais para essas ações.

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“O foco é identificar as atividades econômicas de cada um dos 12 municípios que serão beneficiados criando infraestrutura para o desenvolvimento e ampliação dos arranjos produtivos locais. Mas também investindo em educação financeira, capacitação e empreendedorismo para que esta economia se desenvolva e gere frutos”, explicou o deputado Wilson Santos.

“O BID Pantanal também está focado na área de recursos hídricos e na produção sustentável. Sabemos que a escassez de água prejudica o trabalho e impede o escalonamento da produção, o que interfere diretamente na comercialização dos produtos da agricultura familiar. Sabemos ainda, que é preciso investir em saneamento básico para evitar a contaminação do lençol freático e das águas superficiais; o que prejudica diretamente a saúde humana e a produção. Além disso, temos que investir em infraestrutura para possibilitar o escoamento da produção”, completou.

Janice Bardal, do Ministério da Agricultura, explicou que sua equipe está visitando os 12 municípios que serão beneficiados para entender as necessidades técnicas e as potencialidades locais.

“Essas visitas servem exatamente para ouvirmos os representantes municipais e os produtores para que apontem os problemas e dificuldades e juntos possamos definir as metas do programa. […] Observamos pontos diferentes nos arranjos produtivos, mas em comum verificamos a escassez de água, falta de tratamento de resíduos sólidos (lixo), dificuldade no escoamento da produção agrícola e a falta de sistemas de inspeção dos produtos que impactam diretamente nas negociações .”

“Um relatório será encaminhado ao Ministério da Agricultura para subsidiar a construção da “Carta proposta” que em janeiro de 2024, será apresentada pelo ministro Carlos Fávaro ao BID. O banco irá definir ações e metas a serem executadas”, completou.

O prefeito de Poconé, Tatá Amaral, discutiu diversos problemas no município.

“Temos problemas com estradas rurais, construção e pontes, falta d´água e equipamentos para agricultura familiar, escolas rurais e também de capacitação dos pequenos produtores. A prefeitura tem investido nessas áreas, mas precisa de ajuda para ampliar as ações. Confiamos muito que estes recursos podem chegar e nos ajudar.”

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