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Uma revelação surpreendente foi realizada pelo presidente do Partido Liberal (PL), Ananias Martins, que disse em entrevista ao apresentador Zezé Pereira, na 105,7 FM – Rondonópolis, nesta segunda-feira (18), que o presidente do União Brasil (UB), o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, coage prefeitos a se filiarem no UB, para não perderem os recursos estaduais direcionados as suas cidades.

“Todas às vezes que eles vêm aqui no PL, sentar comigo e pedindo a bênção para que o PL vá na garupa deles, eles falam, ‘parece que o governador exigiu de mim, que eu possa estar no União Brasil, se não ele vai cortar os recursos que estão mandando para minha cidade’, isso é fala de todos que vieram aqui“, disse o presidente do PL.

“E eu recebo quase todos os prefeitos e eles falam claramente, ‘hó nós temos tanto de recursos, nós temos tanto de convênio e o governador falou que tem que vir para o União Brasil, para que esses recursos continuem a serem liberados’, isso é fala dos prefeitos“, continuou Martins.

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A declaração repercutiu no cenário político, suscitando preocupações sobre a integridade das alianças políticas e a autonomia da liderança local em todo o Mato Grosso.

Martins dirigindo-se à imprensa e não mediu palavras ao alegar que prefeitos e outros presidentes partidários estão enfrentando pressão indevida.

Enfatizou a gravidade da situação, retratando-a como uma ameaça aos princípios democráticos e à independência da governança local. As acusações de Martins lançaram uma sombra sobre os métodos de manutenção do controlo político.

“É os meios operandis dele, que ele está usando e eu não vou deixar de falar. Eu enumero mais de 20 prefeitos ou 30 prefeitos que vieram aqui e falaram e eu falo para você, o prefeito de Rosário, o prefeito de Alta Floresta, o prefeito de Paranaíta, inúmeros prefeitos vieram aqui e se você perguntar para os outros presidentes de partidos, eles vão reclamar da mesma coisa, ‘ó o governador tá falando que é a força dele”, continuou Ananias.

O União Brasil é um partido conhecido por seu alcance, influência e presença significativa em diversas regiões do Estado, ainda mais com o presidente que é o governador e tem sido uma força dominante na política.

“Eu to falando posicionamento, que o UB será o primeiro partido do Estado de Mato Grosso em virtude da caneta, e o segundo será o PL, em virtude do que nós podemos oferecer também”, finalizou o líder político.

À medida que a polêmica se desenrola, todos os olhares estão voltados para o União Brasil e sua resposta às acusações.

A Secretária de Comunicação do Governo do Estado disse que “não trata de assuntos partidários”. A Assessoria do União Brasil de Mato Grosso ainda não se posicionou perante as alegações.