https://matogrossomais.com.br/wp-content/uploads/2024/11/WhatsApp-Image-2024-11-19-at-17.02.48.jpeg

NOS TRILHOS

Luciene Carvalho lança o enigmático e expressivo livro de poesia Saranzal

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
[email protected]

Da assessoria

Luciene Carvalho, imortal presidente da Academia Mato-grossense de Letras, lança nesta terça-feira (19.11), o livro de poesia Saranzal, uma obra onde os “sarãs são trilhos”, para a autora, que revela o trabalho, afetos e a natureza bruta em um emaranhado de sentimentos.

Com ilustrações do autor e diretor de teatro brasileiro com carreira internacional, Gerald Thomas, a obra traz o diálogo do visual com o literário em traços expressivos, agudos e enigmáticos, como esboços do que está por vir, em tons terrosos do Saranzal de Luciene, que a conectam com a vida mergulhada no íntimo familiar da autora, nas memórias do seu pai e do avô, além de fazer honras à mãe e à avó.

Quando a autora narra que os sarãs são trilhos, salta a pergunta: o que é Sarã? A palavra literária sarã, no tupi, significa uma planta ou árvore que cresce em pedras na margem de rios. Um arbusto de até 1,5 metros (Phyllanthus sellowianus), nativo do Rio Grande do Sul, no Brasil, de folhas lineares, elípticas, flores dioicas e cápsulas globosas.

Entre no nosso grupo do WhatsApp e siga-nos também no Instagram e acompanhe nossas atualizações em tempo real.

Há também um significado, que traz o indivíduo dos saras, maior grupo étnico do Chade e que também forma parte expressiva da população da República Centro-Africana.

Porém, para quem realmente espera uma resposta, a escritora e poeta Luciene Carvalho convida o público para essa imersão instigante, em bate-papo, com a boa receptividade no Palácio da Instrução, no Centro de Cuiabá, às 19h30.

SINOPSE

“Os sarãs são trilhos”, diz a autora. E esses trilhos nos conduzem às memórias que ocupam grande parte dos poemas. Há um espaço no masculino que se aprofunda com as lembranças do pai e do avô; trabalho, afetos e natureza bruta formam um emaranhado de sentimentos. Também nas honras à ancestralidade, mãe e avó constituem força, carinho e referência. Luciene é rio, barro, bairro, centro urbano e quintal, mulher madura. Nela, tudo isso é tensão e lirismo.

Na visão do artista Gerald Thomas, o diálogo do visual com o literário se apresenta em traços expressivos, agudos e enigmáticos, como esboços do que está por vir, em tons terrosos do Saranzal de Luciene, que a conectam com a vida.

A AUTORA

Luciene Carvalho é escritora, poeta e diretora de teatro. Publicou Devaneios poéticos: coletânea (EdUFMT, 1994); Teia (Teia 33, 2000); Caderno de caligrafia (Cathedral, 2003); Porto (Instituto Usina, 2005); Conta-gotas (2007); Sumo da lascívia (2007); Aquelarre ou o livro de Madalena (2007); Cururu e siriri do Rio Abaixo (Instituto Usina, 2007); Insânia (Entrelinhas, 2009); e Ladra de flores (2012); Dona (2018); Na pele (2020); Doze contos: interpretando a miragem Gula d’água (2021), pela Carlini & Caniato.

Algumas destas obras conquistaram prêmios e condecorações. Parte importante do seu trabalho, como declamadora, se faz em shows poéticos em que une figurino, efeitos cênicos e trilhas musicais para oferecer sua poesia viva e colocá-la a serviço da emoção da plateia. Luciene ocupa a cadeira nº 31 na Academia Mato-grossense de Letras.

GERALD THOMAS

Nascido em 1 de julho de 1954, na cidade de Nova York, é diretor de teatro, ópera e
dramaturgo. Passou sua vida nos Estados Unidos, Inglaterra, Brasil e Alemanha. Depois de se formar como leitor de filosofia, na Sala de Leitura do Museu Britânico, Thomas começou sua vida no teatro no La MaMa E.T.C., de Ellen Stewart, na cidade de Nova York. Durante este período, Thomas tornou-se ilustrador da página Op-Ed, do New York Times, enquanto conduzia workshops no La MaMa E.T.C., onde adaptou e dirigiu estreias mundiais de prosa e peças dramáticas de Samuel Beckett.

Gerald Thomas é o autor e diretor de cerca de 120 espetáculos montados ao redor do mundo (entre peças e óperas) e já dirigiu os grandes atores do mundo.

Mas é assim que Fernanda Montenegro o define na contracapa de sua autobiografia: “Gerald Thomas existe em virtude de sua qualidade devastadora, sua inconstância, seu inconformismo, sua agressividade, sua descrença carregada de fé, seu culto à morte que afirma a vida; através de sua incongruência clara e poderosa; rindo e chorando como uma criança inocente e de alguma forma ameaçadora, amando o próximo que ele odeia; sendo um garoto e amigo inesperadamente bom e adorável; aceitando e renunciando a você em segundos; te amando loucamente, te amaldiçoando enquanto te abençoa; pois sua Arte diabólica, eterna e inconformista é monstruosamente criativa. Sua Arte é única em nossos palcos e em nossas vidas. Se você viu ou experimentou isso, permanecerá inesquecível”.

Veja Mais

Deixe seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *