A votação de cinco projetos na Assembleia Legislativa na noite de quinta-feira (24) definirá os encaminhamentos para os servidores da segurança pública. Caso não sejam aprovadas as emendas propostas pelo Fórum Sindical, especialmente no Projeto de Lei que altera a política de pagamento da Revisão Geral Anual, esses servidores realizarão nesta sexta-feira (25) uma assembleia unificada no período da tarde para definir sobre a greve.
São quatro mensagens governamentais que passam pela segunda votação na Assembleia Legislativa: a que trata do Conselho Diretivo do MT Prev, a de responsabilidade fiscal estadual, a da reforma administrativa e a que estabelece critérios para o pagamento da RGA).
“Tivemos uma reunião hoje e estamos apenas aguardado a votação dos deputados para definir o local e horário da nossa assembleia. Um dos pontos que sugerimos emenda foi na questão da Lei de Responsabilidade Fiscal, para que o Fethab e o Fundo de Auxílio à Exportação, o FEX, sejam inseridos no cômputo das receitas, porque sem eles inviabiliza o pagamento da RGA para sempre”, afirma o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (Assof), tenente-coronel Wanderson Nunes.
Estão unidos nessa mobilização os policiais militares e civis, bombeiros e servidores do sistema penitenciário, socioeducativo e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Os representantes dessas categorias já realizaram duas reuniões para tratar da greve, que será definida após a votação dos projetos.
O presidente do Sindicato dos Profissionais do Sistema Socioeducativo (Sindpss), Paulo Cesar de Souza, afirma que as categorias já estão preparadas para a possibilidade dos deputados quebrarem o acordo feito com os servidores sobre as emendas aos projetos.
“Já está definido, se houver a votação, com essa quebra de acordo em cima da LRF, já está marcada para amanhã uma assembleia unificada das categorias da segurança pública. Já está programada, e a gente já vai deliberar uma paralisação para esse próximo final de semana”, enfatizou Souza.
Um dos deputados estaduais que articula um acordo com os servidores, Wilson Santos (PSDB) explicou que se caminha para um consenso. “Várias emendas sugeridas pelo Fórum foram acatadas. Estamos reunidos na Comissão de Constituição e Justiça para fazer um pente fino nas cinco mensagens. Aí vem a votação, votar todas hoje, não tem hora para acabar”.