Ao menos 8 presidiários pré-diagnosticados com meningite na Penitenciária Central do Estado (PCE) foram encaminhados para ala de isolamento do Pronto-Socorro Municipal Cuiabá (PSMC). A informação foi confirmada por uma fonte do . Os detentos estavam no raio 4, o mesmo em que as visitas foram canceladas no dia 5 deste mês após o preso Luis Freideriano de Souza também ser diagnosticado com a doença e acabar falecendo no mesmo dia, dentro da unidade.
Durante entrevista, a fonte, que preferiu não ser identificada, contou que o Estado alega que a doença é do tipo não contagiosa, porém, todos os profissionais da Saúde contratados pelo governo foram medicados e os mais de 200 funcionários, contando agentes prisionais, não tomaram a medicação. Os remédios são comprados pela associação do presídio e não pelos cofres públicos.
As únicas medidas adotadas para os profissionais que trabalham em uma escala de 24h/72h é atuar com máscaras nas celas, lavar as mãos frequentemente e não compartilhar objetos e comida.
“Temos alguns colegas que estão com muito medo porque tiveram contato com o primeiro detento que foi diagnosticado e logo morreu. Estamos sem saber o que fazer porque não temos segurança e muitos menos apoio da administração sendo que neste raio são quase 400 presos”, lamentou.
Outro lado
A equipe de reportagem do procurou a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Justiça e Direitos Humanos e a assessoria do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC) para posicionamentos.
A assessoria da unidade médica explicou que teve conhecimento de apenas dois casos, sendo que o primeiro é de Luis Freideriano, que recebeu o diagnóstico da doença e logo morreu.
Já a assessoria da Sejudh-MT explicou que 6 presidiários passaram mal na tarde de quinta-feira (10) e todos foram consultados pelos médicos do presídio. No entanto, apenas um deles foi levado para o Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá por estar com os sintomas mais semelhantes ao da doença. Teste, porém, deu negativo.