A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Fecomércio-MT no dia 10 de janeiro (quinta-feira), mostrou que 59,6% das famílias na capital se encontravam endividadas no último mês de 2018, contra 62,3% observado em novembro.
Em números absolutos, eram aproximadamente 116 mil famílias endividadas com cheques pré-datados, cartões de crédito e carnês de lojas, entre outros, contra 121.172 verificadas no mês anterior, um recuo de 4,3%.
Na comparação com dezembro de 2017, o índice registrou um aumento de 3,9 pontos percentuais, quando 55,7% delas se encontravam nesta situação. Já em números absolutos, o aumento observado foi de 8,5%, quando somavam 107.164 famílias endividadas.
O cartão de crédito ainda segue como principal tipo de dívida dos cuiabanos, apontado por 67,1% das famílias entrevistadas. Em seguida, vêm os carnês (32,1%) e, em terceiro lugar, o Crédito consignado (8,7%).
Em relação à inadimplência, ou seja, quando o consumidor não consegue honrar suas obrigações financeiras, observou-se aumento tanto na variação mensal quanto anual na pesquisa. Em dezembro de 2017, o índice atingia 15,2% das famílias (29.315), em novembro subiu para 18% (34.932) e no último mês de 2018, chegou a 19,5% (37.948).
O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 78,6 dias em dezembro de 2018, um pouco abaixo dos 79,2 registrado no mês anterior.
Na comparação com dezembro de 2017, o tempo gasto para pagamento de dívidas em atraso era de 69,6 dias. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 28,1% dos entrevistados possuíam dívidas por mais de um ano. Já sobre a parcela da renda comprometida, dentre as famílias endividadas, apenas 4,4% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com dívidas. A renda média comprometida das famílias em Cuiabá foi de 14,8% em dezembro.
O posicionamento da Fecomércio de Mato Grosso quanto a última pesquisa de 2018 mostra a retomada do acesso ao crédito e, consequentemente, o aumento da inadimplência por parte das famílias. A injeção do décimo terceiro salário ajuda a estimular as compras e também o pagamento de dívidas e despesas extras que sempre surgem nó início do ano.