O ex-secretário de Colniza, Ademir da Silva, o atual vereador Daniel Pereira de Andrade (PT), o ‘Danielzinho’, e seu filho Daniel Pereira de Andrade Júnior tiveram os bens bloqueados após a Justiça acatar pedido do Ministério Público Estadual (MPE). Os bens da empresa de Daniel Júnior Também estão indisponíveis.
Os três são acusados por dispensa ilegal de licitação, superfaturamento e direcionamento para a construção de uma ponte na comunidade rural 08 Agrovila.
De acordo com a ação civil pública, proposta pela Promotoria de Justiça de Colniza, o Município fez a dispensa de licitação para fazer a ponte de madeira de 30 metros de cumprimento sobre o Rio Madalena.
Para fazer a obra, a empresa de Daniel apresentou orçamento no valor de R$ 180 mil. Porém, num segundo momento apresentou o valor de R$ 268.574,75 para realizar a mesma obra, sem qualquer justificativa. Outro ponto que chamou a atenção é que todos os documentos necessários à habilitação da empresa vencedora ‘sumiram’, o que deveria levar a sua inabilitação, fato que não ocorreu.
Conforme o MPE, a empresa Daniel Pereira de Andrade Júnior – ME participou indevidamente de processo de dispensa de licitação para contratação e consequente execução da obra na ponte sob o Rio Madeira. Ainda de acordo com o Ministério Público, o réu Ademir da Silva montou um procedimento de dispensa licitatório ilegal, sem conter assinaturas dos membros da comissão de licitação.
O vereador Danielzinho se envolveu em outra polêmica em 2018, quando pediu ao Governo do Estado que reativasse o Laboratório Municipal de Colniza, fechado devido a um histórico de irregularidades no atendimento aos pacientes. Na lista de atendimentos tinha até pessoas mortas. Alguns chegaram a ser ‘atendidos’ após seu falecimento.
A população reclamava também das condições do prédio público, que apresentava mofos, paredes rachadas e infiltrações.
A reportagem tentou entrar em contato, por telefone, com o vereador Danielzinho, mas não obteve sucesso.
Outro caso
Em dezembro de 2018, outro político do Partido dos Trabalhadores (PT) foi denunciado pelo MPE, que à época ingressou com uma ação civil pública para pedir o afastamento e suspensão dos direitos políticos do prefeito de Colniza, Celso Leite Garcia (PT).
Ele foi acusado de contratação irregular de servidores. Celso assumiu a prefeitura após o assassinato do ex-prefeito, Esvandir Mendes (PSB).