Zaqueu pede novo interrogatório no processo dos grampos

O ex-comandante da Polícia Militar de Mato Grosso (PM-MT), coronel Zaqueu Barbosa, solicitou nesta segunda-feira (18) reinterrogatório junto ao juiz da 11ª Vara Criminal Especializada em Justiça Militar, Marcos Faleiros, na ação da “grampolândia pantaneira”. O requerimento reforça a suspeita de que o coronel pode revelar novos detalhes do esquema de interceptações telefônicas.

O pedido também aumenta os rumores de que os militares envolvidos estão em processo para acordo de delação premiada. Nos bastidores, a informação é que possíveis acordos já estariam em tratativas com o Ministério Público.

Na semana passada, o coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco solicitou reinterrogatório para “esclarecer alguns pontos necessários”. O cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa também realizou o mesmo pedido.

Diante disso, o magistrado decidiu remarcar julgamento da ação para os dias 14, 15 e 16 de agosto. Faleiros também designou que Lesco e Gerson sejam ouvidos novamente nos dias 16 e 17 de julho. O Ministério Público Estadual (MPE) não se opôs ao adiamento e aos novos interrogatórios. A tendência é que Zaqueu também seja ouvido na mesma semana.

Além de Zaqueu Barbosa, Lesco e Gerson, são réus na ação o coronel Ronelson Jorge de Barros e o tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista.

Em suas alegações finais, o Ministério Público Estadual (MPE) pede a condenação de Zaqueu Barbosa pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica e realização de operação militar sem ordem superior. A condenação pode chegar até 23 anos de prisão.

O MPE também pediu a condenação do cabo Gerson Corrêa por falsificação de documento público e falsidade ideológica, cuja pena pode chegar até 18 anos de prisão, devido à continuidade delitiva.

No caso de Evandro Lesco, foi solicitada a condenação pelo crime de realização de operação militar sem ordem superior, que prevê de 3 a 5 anos de prisão.

Em relação aos acusados Ronelson Jorge de Barros e Januário Batista, o Ministério Público se posicionou pela absolvição.

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