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Cabelo de Arcanjo provoca tensão na Segurança Pública

Uma declaração dada, na última quinta-feira (6), pelo delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flávio Stringuetta, provocou reação do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen/MT).

Stringuetta disse aos jornalistas, logo após o depoimento de João Arcanjo Ribeiro na GCCO, em decorrência da Operação Mantus, realizada no dia 29 de maio, que o ex-comendador estaria tendo algum tipo de privilégio porque o mesmo não estaria com a cabeça raspada, como os outros envolvidos presos na operação. A Secretaria de Segurança Pública negou que houve privilégio.

“Eu acreditava que ele (Arcanjo) viria sem cabelo na cabeça. Obviamente está tendo algum privilégio. A Sejudh tem de responder isso. Eu acho que isso fica feio até para o diretor (da Penitenciária Central do Estado) apresentar um preso desta forma. Ele é o único que não cortou cabelo. É bem constrangedor para o diretor, eu não aceitaria passar por algo assim”, comentou o delegado.

Após as declarações de Stringetta, o sistema prisional confirmou que Arcanjo teve a cabeça raspada, nesta sexta-feira, conforme informou o site G1/MT.

João Arcanjo Ribeiro, o genro, Giovanni Zem, o advogado Frederico Muller foram indiciados pela Polícia Judiciária Civil por envolvimento no jogo do bicho. O inquérito concluído ontem, sexta-feira, foi encaminhado ao Ministério Público do Estado.

REAÇÃO DO SINDSPEN/MT

Porém, a fala de Stringuetta provocou uma nota pública emitida pelo Sindspen/MT. O Sindicato repudiou a entrevista do delegado.

Segundo o Sindspen/MT, “as declarações feitas pelo Delegado de Polícia demonstra total desconhecimento ou equívoco sobre o Sistema Penitenciário e o protocolo de procedimentos operacionais da unidade”, diz um dos trechos da nota.

O Sindicato argumentou na nota porque João Arcanjo Ribeiro não raspou a cabeça.

“Quanto ao fato do apenado João Arcanjo não ter se apresentado com os cabelos cortados como os outros presos temos a esclarecer que foi somente uma questão de Procedimento a que se refere a pessoas privadas de liberdade, que apresentam perfil que podem oferecer algum risco a segurança da unidade, seja ela por poder aquisitivo elevado, ou periculosidade ou ainda, pelo poder de articulação.

No caso do apenado “João Arcanjo Ribeiro”, o mesmo foi conduzido a local específico dentro da unidade. Sendo assim, como acontece com os demais custodiados que se enquadram em perfil específico, não participou dos procedimentos de triagem como outros considerados comuns.

O João Arcanjo não foi o único preso que deixou de ter o cabelo cortado. “Todos os presos que vão direto pra esse local não cortam pois, o corte é feito em local coletivo onde alguns apenados não podem ficar”, esclareceu a Presidente”.

NOTA NA ÍNTEGRA

A Presidente, em substituição, do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), em representação à Diretoria Executiva, vem a público REPUDIAR os comentários capciosos do Delegado de Polícia Civil, Flávio Stringueta, no que se refere a declarações por ele dadas a imprensa quanto ao funcionamento da Penitenciária Central do Estado/PCE e ao Diretor da unidade.

As declarações feitas pelo Delegado de Polícia demonstra total desconhecimento ou equívoco sobre o Sistema Penitenciário e o protocolo de procedimentos operacionais da unidade.

O Primeiro ponto a que se referiu o Delegado foi que o apenado João Arcanjo Ribeiro “obviamente estaria recebendo algum privilégio”.

Referente a essa fala a Presidente do Sindspen lamenta e lembra o delegado que essa é uma acusação caluniosa e só deve ser feita se houver provas, principalmente contra servidor público pois, oferecer qualquer tipo de favorecimento a pessoa reclusa trás implicações penais mas, perjúrio e difamação também.

Quanto ao fato do apenado João Arcanjo não ter se apresentado com os cabelos cortados como os outros presos temos a esclarecer que foi somente uma questão de Procedimento a que se refere a pessoas privadas de liberdade, que apresentam perfil que podem oferecer algum risco a segurança da unidade, seja ela por poder aquisitivo elevado, ou periculosidade ou ainda, pelo poder de articulação.

No caso do apenado “João Arcanjo Ribeiro”, o mesmo foi conduzido a local específico dentro da unidade. Sendo assim, como acontece com os demais custodiados que se enquadram em perfil específico, não participou dos procedimentos de triagem como outros considerados comuns.

O João Arcanjo não foi o único preso que deixou de ter o cabelo cortado. “Todos os presos que vão direto pra esse local não cortam pois, o corte é feito em local coletivo onde alguns apenados não podem ficar”, esclareceu a Presidente.

Salientamos ainda, que é lamentável esse tipo de comentário vindo de um Delegado de Polícia. O mínimo que ele deveria fazer não sendo conhecedor dos procedimentos de uma unidade Prisional era ter ficado calado.

Quanto ao segundo ponto onde o Delegado afirma que “se fosse o diretor sentiria vergonha de apresentar o preso nessas condições” informamos ao delegado e a quem interessar que o Diretor da Penitenciária Central e sua equipe de trabalho tem prestado serviços relevantes ao Sistema Penitenciário, a Segurança Pública e a Sociedade, e perante esse fato, em momento algum deve sentir vergonha pelo posto que ocupa e pelo trabalho que realiza. Já o ilustríssimo delegado deveria sim, se envergonhar de fazer sensacionalismo com uma questão tão irrelevante quanto o corte de cabelo, que o apenado se apresentou para oitiva.

Em vista ao sensacionalismo, as acusações infundadas e ao constrangimento causado, a Presidente do Sindspen-MT REPUDIA às declarações feitas pelo Delegado De Polícia Civil, Flávio Stringueta, no que se refere aos Procedimentos Operacionais Padrão/POP, do Sistema Penitenciário.

Quanto ao seu trabalho investigativo, não opinaremos pois, não é nossa competência criticar os procedimentos adotados em outra área diferente da nossa área de atuação, mas sim compartilhar trabalhos exitosos para engrandecimento da Sociedade.

Uma vez mais, agradecemos e parabenizamos ao Diretor e Equipe de Servidores Penitenciários da Penitenciária Central pelos excelentes trabalhos prestados na custódia e escolta dos apenados, apesar das péssimas condições e dificuldades que enfrentam para desempenhar serviços de qualidade. Respeito é bom delegado Stringueta, principalmente, pela atividade de outros Servidores Públicos.

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Um comentário em “Cabelo de Arcanjo provoca tensão na Segurança Pública”

  1. Tantas coisas não relevantes para o Exmo magistrado investigar e pedir providências no sistema carcerário; por exemplo pq não investiga quanto custa uma refeição boa na rua e uma péssima na detenção? Pq não pede providências quanto a super lotação da penitenciária…
    AGORA SE IRRITAR COM CORTE DE CABELO? Isto é coisa de cabeleireiro, não de juiz.
    Me desculpe, mas está dói demais!

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