ALMT - Posto TRE - Abril

Paulo Taques vira réu em inquérito dos grampos

Juiz da 7° Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu, recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e tornou réu o ex-secretário Chefe da Casa Civil na gestão Pedro Taques (PSDB), Paulo Taques, por participação no esquema de interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso, a Grampolândia Pantaneira.

“Recebo a denúncia e o aditamento oferecido pelo procurador-Geral da Justiça em face de Paulo Cezar Zamar Taques, por satisfazer os requisitos legais, vez que amparada em indícios de autoria e materialidade”, diz trecho do documento.

Na mesma decisão, o magistrado ainda arquivou a ação contra as delegadas Alana Cardoso e Alessandra Saturnino.

Elas teriam sido induzidas ao erro para grampear ilegalmente a ex-funcionária pública, Tatiane Sangalli Padilha, com quem Paulo Taques teve um relacionamento íntimo, e Caroline Mariano, ex-secretária no escritório de advocacia do réu.

“… o Procurador-Geral da Justiça, Dr. José Antônio Borges Pereira, ratificou o pedido de arquivamento do inquérito policial em relação às investigadas Alana Darlene Souza Cardoso e Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino pela prática do crime previsto no art. 10, da Lei n. 9.296/96, por atipicidade de suas condutas”, destaca.

A decisão divulgada nesta quarta-feira (31) acompanha o parecer do Ministério Público Estadual (MPE). Paulo Taques é apontado como o mandante da criação do núcleo de inteligência operado por policiais militares para ouvir inimigos políticos do ex-governador Pedro Taques (PSDB), primo do acusado, que concorria ao governo do Estado, em 2014.

Grampolândia

As escutas clandestinas teriam iniciado em 2014, em núcleo criado pela Polícia Militar para interceptar alvos de interesse do advogado Paulo Taques, como afirmaram os militares coronéis Evandro Lesco e Zaqueu Barbosa, e o cabo Gerson Correa.

Advogados, médicos, militares, políticos foram ouvidos durante quase 2 anos em que o núcleo esteve ativo. Até muito depois do fim da campanha eleitoral.

Em interrogatório, os militares afirmaram que a “barriga de aluguel” existe há muito tempo e é comum no MPE. A revelação fez com que o MPE abrisse investigação para apurar as denúncias.

Desde então, militares, MPE e Paulo Taques trocam acusações sobre o envolvimento dos grampos.

Veja Mais

Deixe seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *