Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal, o deputado Wilson Santos (PSDB), lamentou o adiamento da oitiva com ex-governador Silva Barbosa (sem partido) que deveria ser realizada nesta quinta-feira (10). Descontente, o parlamentar explicou que a decisão partiu por membros que compõe a bancada da CPI.

“Os deputados alegaram que nós precisamos ter acesso à delação que ele [Silval Barbosa] fez junto ao Supremo Tribunal Federal e o Ministério Público Federal, estudarmos a delação dele, para em cima da delação fazermos os questionamentos. Eu lamento porque eu fui o autor dessa convocação”, disse.

Segundo ele, o ex-governador aceitou colaborar com o inquérito que investiga indícios de sonegação de impostos e renúncias fiscais indevidas no Governo de Mato Grosso.

“O Silval aceitou, ele foi comunicado e não apresentou nenhum empecilho, estava tudo confirmado”, complementou.

Wilson disse ainda que os membros pretendiam cancelar o convite feito a Silval, contudo, voltaram atrás após apelo do parlamentar.

Uma nova data deve ser definida para que o ex-governador seja ouvido.

“Eles queriam cancelar primeiro a vinda dele, mas expliquei que isso era impossível e que a sociedade não ia mais aceitar esse tipo de comportamento”, afirmou.

Já prestaram informações à CPI o doleiro e delator da Lava Jato Lúcio Funaro e do presidente do Grupo Amaggi, Judynei Carvalho, o empresário Aldo Locatelli e o empresário de rede de postos, Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça.