ALMT - Posto TRE - Abril

Ludio diz que Mendes governa para ricos e afirma que crise afeta pobres

O deputado estadual Ludio Cabral, do Partido dos Trabalhadores (PT), fez duras criticas ao governador Mauro Mendes (DEM), mas especificamente sobre a política econômica do executivo estadual, que enxugou despesas com a máquina pública.

As declarações foram dadas durante entrevista ao Mato Grosso Mais.

De acordo com o parlamentar, o posicionamento do governo favorece os mais ricos e prejudica os mais pobres, já que as medidas afetam as políticas públicas em áreas da educação, saúde e segurança, enquanto outras áreas industriais são privilegiadas.

“Eu entendo que as dificuldades financeiras de Mato Grosso tinham no começo do ano são dificuldades, não é crise financeira. Crise é quando você não tem mais saída, já as dificuldades você tem que produzir ajustes que assegurem a implementação de políticas públicas”, disse.

O deputado também criticou Mendes pelo discurso que coloca Mato Grosso em posição de dificuldades financeiras nas contas públicas e ao mesmo tempo concede incentivos fiscais para grandes empresas que atuam no estado.

Para Ludio, se realmente existem dificuldades nas finanças, o correto não seria enxugar despesas, e ,sim, ampliar a arrecadação tributária.

“Não está em crise um estado que apresenta o orçamento com déficit de mais de R$ 1 bi, mas ao mesmo tempo concede quase R$ 5 bi em renúncias fiscais para determinados setores econômicos e para os muitos ricos desses setores. Se há dificuldade financeira, a solução não é enxugar despesas, embora qualquer uma que não comprometa a atividade do estado seja positiva, mas o que é preciso é ampliar a arrecadação do estado para assegurar serviços públicos”, explicou.

Sobre os incentivos, o petista disse que Mato Grosso teve a oportunidade de corrigir diversas “injustiças” com uma revisão nas renúncias. Segundo ele, o processo de revisão foi finalizado em julho, mas mesmo assim os “privilégios” foram mantidos.

“O Algodão que é incentivado há mais de 20 anos já tem  condições de andar com as próprias pernas, ao invés de pagar o ICMS de 12% para as vendas interestaduais, mantém a redução de 75% nessa alíquota. Enquanto isso, a população tem que pagar  o ICMS no comércio e é ele quem vai arcar com as despesas do aumento da arrecadação, enquanto os industriais do governador continuam com os seus privilégios”, esclareceu.

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