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ALMT - Posto TRE - Abril

EM SÃO PAULO

Covas diz que 'não há previsão' para cidade voltar ao normal

Laís Modelli/G1

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, afirmou neste sábado que não há previsão para a situação voltar ao normal na capital depois das chuvas intensas ocorridas no dia 10 de fevereiro.

“Não, não há previsão. Algumas áreas [que ainda estão alagadas] dependem exclusivamente do baixamento da carga do rio”, disse Covas durante um encontro do diretório municipal do PSDB de São Paulo, realizado neste sábado em uma universidade particular.

Sobre as áreas que permanecem alagadas quase uma semana após as chuvas, o prefeito afirmou que são locais “que estão abaixo da cota do rio”, “áreas que já ficaram presas embaixo d’água por meses no ano passado.”

Em algumas dessas áreas, Covas informou que serão feitas obras para ajudar a escoar a água, mas não deu prazo para o início das construções.

“A gente tem uma dificuldade muito grande em dar vazão nos rios da capital”, disse o tucano aos filiados do partido. “Mas a cidade respondeu com a maior rapidez naquele dia.”

De acordo com os bombeiros, no dia 10 foram registrados 796 chamados para enchentes, 140 para desabamentos e 120 quedas de árvores.

Também foram computados 89 pontos de alagamentos, sendo 23 transitáveis. Covas informou que nenhuma família foi atingida por deslizamentos em áreas de risco durante as chuvas.

PPP dos piscinões

Durante o evento do PSDB, onde Covas apresentou um balanço a filiados do partido das contas de sua gestão, o prefeito informou que abrirá o edital das PPP (parceria público privada) dos piscinões de São Paulo até o final de fevereiro.

“A ideia é passar a responsabilidade de manutenção de quatro dos atuais piscinões do município e mais a obrigatoriedade de construir cinco novos”, explicou Covas.

Quem ganhar o edital terá o direito de explorar a parte superior dos piscinões e construir prédios.

O prefeito informou que, até dezembro de 2019, foram construídos oito piscinões na capital para ajudar a evitar enchentes e que “todos eles funcionaram e não transbordaram no dia 10 de fevereiro.”

MST barrado

Cerca de 40 pessoas do Movimento Sem Terra, MST, foram barrados na entrada do evento.

Elas estiveram no encontro para cobrar uma data para o início da obra de 3500 unidades de moradia popular em Heliópolis, Zona Sul de São Paulo.

“Fomos convidados pelo prefeito Covas. Chegamos às 6 horas da manhã, e não nos deixaram entrar. Só queremos saber do nosso direito, não queremos tumultuar, mas não estão nos tratando com respeito”, disse o líder do MST no Ipiranga, Maksuel José Costa.

“Nos encontramos com o Bruno Covas e o João Dória em maio do ano passado, no terreno em que foi prometida a construção. Desde então, nunca mais tivemos um retorno e o terreno ainda nem foi liberado pela Prefeitura”, diz Costa.

Do lado de dentro do evento, Covas afirmou que seu governo é “diferente dessa direita raivosa que acha que poder público só tem que investir em segurança pública.”

Ao apresentar o balanço da sua gestão, eles reforçou os investimentos na área de zeladoria da capital. “Serão R$3 bilhões gastos em zeladoria em 2020.”

O prefeito subiu sozinho ao palco do evento neste sábado por causa de recomendações médicas, já que está em tratamento de um câncer na cárdia – região entre o esôfago e o estômago –, com metástase no fígado, e não pode entrar em contato com viroses e infecções.

Covas passará por novos exames em 18 de fevereiro.

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