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ALMT - Posto TRE - Abril

CRIME ORGANIZADO

Operação descobre que detento da PCE recrutou familiares e criminosos do nordeste

DA REDAÇÃO/ GABRIEL RODRIGUES
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A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO/MT) deflagrou na manhã desta sexta-feira (5) a Operação Parasita, que investiga uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes conexos, liderada por um presidiário da Penitenciária Central do Estado (PCE).

Segundo a investigação, os presos do Nordeste integravam a nova organização criminosa criada e liderada por Luciano Mariano da Silva, o ‘Marreta’, conhecido como um dos principais líderes do Comando Vermelho em Mato Grosso.

Ele, que está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), usou da estrutura da facção já existente para explorar a nova célula, especializada em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Estrutura

De acordo com o delegado Ferdinando Frederico Murta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), o detento Marreta, tinha núcleos operacionais, financeiros e contábeis em sua estrutura.

“Eles tinham uma estrutura. Alguns criminosos presos eram responsáveis pela questão financeira e contábil. Um deles de dentro da cadeia do Nordeste fazia todo o controle dos valores recebidos e transacionados. Os próprios integrantes faziam a contabilidade, por meio de planilhas, de prestação de contas, de recolhimento das bocas de fumos, dos valores arrecadados e dos lucros que prestavam. Utilizavam grupos de aplicativos de mensagens para realizar essa prestação de contas”, explica o delegado.

Mandados

Foram cumpridos 21 mandados de prisão e 13 de buscas e apreensão em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Paraíba contra o grupo que movimentou mais de R$18 milhões, nos anos de 2018 e 2020.

A Justiça bloqueou cerca de R$ 12 milhões dos criminosos, entre imóveis sequestrados, veículos apreendidos, e contas bloqueadas.

Ao todo, até o final da manhã desta sexta, 20 pessoas foram presas, sendo que 4 já estavam dentro da PCE, incluindo o Marreta.

O grupo de Marreta atuava no tráfico de drogas. Além disso, eles utilizavam diversas empresas de fachada, e realizavam pequenas transferências conhecidas como “smurf” para lavar dinheiro.

Há ainda outros 3 presos em presídios da Paraíba, um em Pernambuco e outro em Mato Grosso do Sul. Há ainda informações de que familiares de Marreta estão entre os presos, um deles seu irmão, já com passagens por tráfico.

“Acredito que seja um golpe duro na organização e é daí que vem a origem do nome parasita. O valor arrecadado se confundia, mas não era para organização principal para qual eles pertenciam e sim para o benefício próprio do criminoso”, concluiu o delegao.

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  • 5 de fevereiro de 2021 às 17:56:38