DA REDAÇÃO/GABRIEL RODRIGUES - DO LOCAL/LEONARDO MAURO
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O delegado Lindomar Tóffoli, afirmou na tarde desta terça-feira (14), durante depoimento à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), sobre o suposto uso da máquina pública para investigar opositores do governo, pontuou que houve uma situação, porém não poderia provar.
“É, teve uma situação sim. Mas eu não tenho como provar”, disse ele.
Os questionamentos foram realizados pelo deputado estadual, Ulysses Moraes (PSL), porém, Tóffoli voltou a reiterar que seria somente a sua palavra, pois a situação ocorreu com pessoas de confiança do governo, que não confirmariam a sua versão.
“Eu não posso provar, quem estava lá é cargo de confiança do governo e pessoa de confiança dele e vai ficar do lado dele, é como que vai fazer? Vai ficar dois contra um, e quem vai sair como mentiroso sou eu. Então não tem como falar. Eu estou sendo sincero”, pontuou ele.
O delegado foi incluído como testemunha em uma denúncia feita por Pinheiro sobre suposta interferência política do Governo do Estado na Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para prejudicar o chefe do Executivo Municipal cuiabano, Tóffoli disse que já foi retirado do seu cargo a pedido do ex-governador Silval Barbosa por investigar políticos.
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O caso
Pinheiro protocolou na presidência da AL e depois na Corregedoria da Polícia Judiciaria Civil documentos onde constam denúncias de suposto uso da máquina pública estatal.
O delegado Stringueta reafirmou que a suspeita de interferência política na Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para prejudicar o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), “é bem concreta”.
“Eu disse [durante depoimento] que a possibilidade de ter havido interferência política nesse caso é bem concreta. Eu disse que a interferência política nos meios policiais existe, que o cargo do delegado-geral é do governador. Se o delegado-geral quiser continuar no cargo, ele tem que atender pedido do governador. São pedidos que são uma ordem”, declarou o delegado.
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“Na outra vez que aconteceu isso comigo, que eu saí da delegacia, porque eu estava investigando políticos né, da Assembleia, Secretários de Estado, Procuradores do Estado e o delegado geral foi pressionado para que me tirasse de lá, e isso depois o Silval confessou, que ele estava sendo pressionado pelos deputados e ele chegou no Delegado-geral e falou, ‘se você não tirar ele de lá, eu vou tirar você e colocar outro que faça isso”, contou Lindomar.