Segundo o Boletim Focus, relatório com previsões para os principais indicadores econômicos, publicado nesta segunda-feira (1º/11) pelo Banco Central (BC), a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ser de 9,17% em 2021.

A previsão é maior que a da semana passada, quando os economistas ouvidos pelo BC estimaram que a inflação ficaria em 8,96%. Essa é a 30ª alta seguida sobre a previsão do índice.

O crescimento da economia também teve uma piora na estimativa. Na semana passada, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2021 era de 4,97%; agora passou para 4,94%.

O mercado também prevê que a taxa básica de juros, a Selic, ficará em 9,25%. Atualmente, o índice se encontra em 7,75%. Há uma semana, a estimativa para a Selic era de 8,75%.

Na última quarta-feira (27/10), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa em 1,5 ponto percentual, elevando o índice de 6,25% para 7,75% ao ano. A medida busca controlar a inflação, que chegou no acumulado dos últimos 12 meses a 10,25%, segundo o IPCA de setembro.

Com o aumento, os juros atingiram o patamar mais alto em quatro anos – em outubro de 2017, antes de cair para 7,5%, estava em 8,25% ao ano.

Em 2022

Para o ano que vem, as projeções do mercado também pioraram. A estimativa para o IPCA de 2022 passou de 4,40% para 4,55%. O estimado para o crescimento da economia passou de 1,40% para 1,20%.

Para o câmbio, a expectativa de 2021 e 2022 é a mesma: em R$ 5,50 (era R$ 5,45 na semana passada).

Por fim, o mercado agora prevê que a Selic em 2022 fique acima dos 10% ao ano: de 9,50% para 10,25%.