Quatro em cada dez eleitores diz que a economia é o principal problema do Brasil, aponta a pesquisa Genial/Quaest nacional divulgada nesta quarta-feira (17). O índice permaneceu estável desde a última pesquisa, em 3 de agosto. Em seguida, 21% dos eleitores diz estar preocupado com questões sociais, 13% com saúde/pandemia e 7% com corrupção, enquanto 15% tem outras preocupações e 3% não souberam responder.
Além disso, a pesquisa aponta que está diminuindo a percepção de que a economia do país piorou no último ano. Dentre os entrevistados, 52% diz que a situação econômica nacional se deteriorou, ante 56% na última pesquisa. Enquanto isso, subiu de 23% para 24% os que dizem que ficou do mesmo jeito, e de 20% para 23% os que sentiram melhora na economia. Este é o melhor resultado desde o começo da série histórica. Confira:
O eleitor, no entanto, não acredita que o presidente Jair Bolsonaro está fazendo tudo o que pode para destravar a crise econômica. Manteve-se estável em 51% o percentual de pessoas que não vê empenho do presidente em resolver os problemas do país.
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A percepção dentre 62% o eleitorado é que as medidas econômicas visam a reeleição do presidente Bolsonaro, enquanto 33% acreditam ser para ajudar as pessoas.
Esse índice é ainda maior entre os não bolsonaristas. Entre cidadãos que votam no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o número sobe para 84%, enquanto apenas 10% dizem ser para ajudar outras pessoas.
Já entre os bolsonaristas, 70% diz que Bolsonaro está empenhado em ajudar as pessoas, enquanto 25% diz que ele está focado na reeleição.
Combustíveis
A cruzada do presidente para tentar reduzir os combustíveis, com cortes temporários no ICMS de estados, tem dado efeito nas pesquisas de intenção de voto. Quase 45% (42%) atribuem ao presidente a queda nos postos. Outros 9% dizem que é responsabilidade da Petrobras, enquanto 8% dizem ser de governadores. Outros 5% atribuem ao dólar, e 5% a queda no preço do petróleo. Confira:
Algum efeito já está sendo sentido em outros indicadores, por exemplo, na avaliação do governo. É a primeira vez que a avaliação positiva aparece na casa dos 29% e a avaliação negativa em 41%.
A avaliação negativa do governo Bolsonaro também caiu entre quem tem renda mais baixa e entre quem tem renda média.
“Estes são indicadores importantes de acúmulo de capital político por parte do governo, o que pode vir a se transformar em intenção de voto no futuro, a ver…” publicou em rede social o diretor da pesquisa, Felipe Nunes.
A pesquisa também aponta que o início do pagamento dos benefícios pelo governo federal, incluindo o Auxílio Brasil, não alterou a diferença entre Lula (45%) e Bolsonaro (33%), que se mantém em 12 pontos percentuais. Veja:
O levantamento ouviu 2.000 pessoas em 120 municípios das cinco regiões do País entre os dias 11 e 14/ago. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiabilidade de 95%. Pesquisa registrada BR-01167/22.
Fonte: IG ECONOMIA