O candidato ao governo de São Paulo Rodrigo Garcia (PSDB) afirmou, nesta segunda-feira (22), durante sabatina realizado pelo Estadão em parceria com a FAAP, que pretender aumentar o ensino integral nas escolas públicas do estado. Além disso, Garcia disse que os recursos investidos no ensino superior já são suficientes para dar conta da demanda em São Paulo.
Em relação ao ensino fundamental, o candidato afirmou que “o desafio é continuar com a escola em tempo integral e expandir isso”. “A nossa proposta para os proximos quatro anos é que o ensino fundamental II, que vai do quinto ao nono ano, possa ser 100% integral em São Paulo”.
E completou: “No ensino médio, nós temos um desaifio grande que é fazer com que o ensino médio seja integrago ao ensino técnico”. “Nós ja começamos a fazer uma pesquisa sobre isso (…) da para nós abrirmos mais de 700 mil vagas nos próximos anos (vagas em ensino integral). Vamos chamar a iniciativa privada para nos ajudar (..) vamos comprar vagas da iniciativa privada para atender a demanda”, afirmou.
Ensino superior
Quando questionado sobre o plano de governo para o ensino superior, Rodrigo Garcia afirmou que as verbas utilzadas atualmente, que vem por meio do ICMS estadual, já são suficientes para dar conta da demanda.
“Eu respeito a autonomia universitária. 9,57% do orçamento do ICMS vai para as universidades e isso será mantido no meu proximo governo”.
Mas, ele ponderou: “No meu programa, nóss pretendemos criar um conselho de ensino superior, com a participação das universidades e do setor produtivo, para que as universidades se sintonizem ainda mais nos desafios de São Paulo, como a formação de professores, que elas podem ajudar”.
Cobranças de mensalidades em universidades públicas?
O candidato disse não ser contra que universidades públicas cobrem mensalidades de alunos que tem condições financeiras de pagar. Segundo ele, isso poderia ser mais uma forma de arrecadação e uma maneira de garantir que estudantes de baixa rende continuassem a ter acesso ao ensino gratuito.
“Se as universidades criarem cursos de graduação, pós-graduação e cobrar de quem pode pagar para aumentar as vagas para o aluno regular de São Paulo, de Paraisópolis por exemplo, eu não vou ficar contra, eu vou dar total autonomia”.
E terminou dizendo que “como governador, eu sigo, não da mais pra São Paulo investir mais recurosos do que ja investe”, afirmando que os recursos gastos já são suficentes para o setor.
Quem é Rodrigo Garcia
Rodrigo Garcia nasceu em 1974, no município de Tanabi, na metropolitana de São José do Rio Preto, interior de São Paulo.
Formado em direito, Garcia começou na vida pública aos 21 anos, quando assumiu o cargo de sub-secretário de Agricultura de São Paulo durante o governo de Mário Covas. Em 1998, ganhou a eleição para deputado estadual, função que exerceu por três mandados (1999-2003); (2003-2007) e (2007-2011).
Em 2011, elegeu-se para a Câmara dos Deputados e ficou entre 2011 e 2018 no cargo. Apesar de ter vencido duas vezes as eleições para compor a Câmara, Garcia exerceu pouco a função, porque foi secretário em mandatos do então governador Geraldo Alckmin. Atuou como responsável pelas pastas da Habitação, de Desenvolvimento Econômico e de Desenvolvimento Social.
A maior parte da carreira política de Rodrigo Garcia aconteceu no partido Democratas (DEM), agora denominado União Brasil.
Nas eleições de 2018, concorreu como vice-governador na chapa de João Doria. Com a vitória, Garcia se tornou o vice-governador. Após Dória renunciar ao cargo em abril deste ano para tentar concorrer à presidência, Garcia assumiu o cargo de governador de São Paulo.
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Fonte: IG Política