A manifestação de Sete de Setembro é considerada um momento de risco elevado pela segurança do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem a expectativa de fazer com que caminhões sejam impedidos de entrar na Esplanada dos Ministérios, assim como ocorreu em 2021. Na Corte, há ainda o entendimento de que as barreiras montadas nas proximidades da Praça dos Três Poderes e vias adjacentes impeçam os manifestantes de chegar ao local.
No Sete de Setembro do ano passado, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se reuniram na Esplanada com palavras de ordem contra a Corte, e o próprio mandatário fez ataques ao ministro Alexandre de Moraes. Em 2021, a presença de caminhões na Esplanada pegou a segurança do STF de surpresa, e gerou momentos de tensão, conforme relatou ao GLOBO o presidente da Corte, ministro Luiz Fux.
Nesta segunda-feira, foi marcada inclusive uma reunião na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal para discutir o planejamento da segurança do Sete de Setembro. As reuniões da equipe de segurança do STF com outros órgãos, como também o Detran, a Câmara e o Senado, tem sido rotineiras há seis meses.
Nos eventos que podem implicar algum risco para a Corte, são elaborados planos que contemplam desde o cenário mais tranquilo até o mais extremo, o que inclui até mesmo um plano de evacuação, na linha do “se prepara para o pior, esperando o melhor”. Todas as decisões de segurança são precedidas por uma análise de risco.
Na própria seleção de seguranças do STF, que tem pessoal terceirizado, há uma espécie de triagem “ideológica”. Não são admitidas pessoas que sejam contrárias à própria Corte.
Ataques virtuais O STF também é alvo de tentativas de ataques virtuais. Entre novembro de 2021 e maio de 2022, houve mais de 2,5 milhões de tentativas de ataque virtual ao STF, número que não é muito diferente de outros períodos — em algumas épocas o número já foi até maior. A diferença é que tem aumentado o número de ataques considerados críticos. No passado, os ataques de risco médio eram mais numerosos.
Entre novembro de 2021 e maio de 2022, o cenário foi: 2,4 milhões de tentativas de ataques críticos 63,3 mil ataques de risco alto, 86,7 mil ataques de risco médio, e 8,6 mil de risco baixo. Uma explicação possível é que a tendência de aumento dos ataques críticos no STF siga uma tendência dos ataques ocorridos no mundo todo. Ataques críticos são aqueles em que, uma vez bem sucedidos, são capazes de provocar danos como roubo de dados e pichação na página.
O STF também aumentou os valores investidos em segurança virtual. Em 2019, por exemplo foram R$ 648,7 mil. Em 2020, subiu para R$ 1,5 milhão e, e m2021, R$ 1,8 milhão. Para 2022, estão previstos R$ 8 milhões e, em 2023, mais R$ 10,8 milhões.
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Fonte: IG Política