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São previstos “dois ou três meses de deflação”, diz presidente do BC

Roberto Campos Neto, presidente do BC
José Cruz/Agência Brasil

Roberto Campos Neto, presidente do BC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira (23) que é possível enxergar melhora na inflação do país, porém ainda é muito cedo para qualquer tipo de comemoração. O evento foi promovido pelo Moneda Asset Management e aconteceu em Santiago, no Chile. 

Campos Neto afirmou que a inflação irá se manter em 6,5%, expectativa menor comparado aos 6,8% previstos no início de agosto durante a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e dos 6,82% previstos pelo mercado.

“Quando nós olhamos para o processo de inflação, esperamos dois ou três meses de deflação. Nós tivemos deflação no mês passado e provavelmente teremos neste mês. Novamente, bastante impactado pelos preços de energia e pelas medidas”, afirmou.

A meta estabelecida de 3,5% para 2022  ainda está distante, mesmo com o teto de tolerância de 5% e um piso de 2%. “Nós ainda vemos a inflação de serviços subindo. O núcleo da inflação começa a moderar, nós temos bons sinais, mas não é razão para comemorar ainda. Realmente vemos preços administrados caindo e preços de alimentos mais ou menos estáveis, provavelmente indo um pouco para baixo”, explicou o presidente do BC.

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Foi calculado pelo IBGE uma deflação no mês de julho de 0,68% , a primeira registrada desde maio de 2020. Contudo, a diminuição dos preços não foi causada por uma melhora natural do mercado ou pelo aumento de juros promovidos pelo próprio Banco Central, e sim por uma série de medidas que entraram em vigor mês passado sobre o teto da cobrança de ICMS em combustíveis e energia elétrica.

“Para trazer a inflação para 3% ou 2% é um trabalho muito diferente. O processo não é o mesmo, não é só reverter os preços de energia”, acrescentou. 

Sobre as medidas tomadas no âmbito econômico, Campos Neto diz acreditar que se precisa manter foco ao mandato e criar credibilidade com as políticas  fazer é nos ater ao mandato, criar credibilidade em torno das políticas. “Ter uma mensagem para os agentes, para os tomadores de risco, de que o Brasil está olhando para o fiscal de uma forma disciplinada, para que as pessoas possam de fato projetar o fiscal no longo prazo.”

Fonte: IG ECONOMIA

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