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Alckmin sinaliza com privatizações, mas não de empresas grandes

Alckmin no Fórum dos Presidenciáveis da Abdib
Reprodução Twitter 29.08.2022

Alckmin no Fórum dos Presidenciáveis da Abdib

O ex-governador Geraldo Alckmin disse a empresários do setor de infraestrutura nesta segunda-feira (29) que pretende manter as estatais “gigantes” na esfera do governo federal, com isso, sinalizou que um eventual governo Lula deve rejeitar a  venda dos bancos públicos e da Petrobras. 

A fala se deu no Fórum dos Presidenciáveis da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base). O presidente Jair Bolsonaro (PL) não compareceu no evento, mas o encontro também teve Felipe d’Avila (Novo), o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (que representou a candidata Simone Tebet, do MDB) e Ciro Gomes (PDT).

“Empresas que são grandes estatais federais são essas três, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras, praticamente. As restantes são empresas menores. Se pegarmos as três grandes empresas, não é prioridade privatizar nenhuma [delas]. Já temos bancos de menos, se for reduzir ainda mais… O que precisamos é reduzir o custo do dinheiro.”

A plateia aplaudiu a fala do vice de Lula, que complementou criticando outras estatais: 

“O Brasil tem uma coisa esquisita, e os estados também têm: empresa dependente do Tesouro. Elas deveriam ser autarquias. Se a empresa não tem recursos próprios para se manter, que empresa é essa?”

O ex-governador também apontou a necessidade de o país avançar nas concessões e nas PPPs (Parcerias Público-Privadas), sem desconsiderar a atuação, como garantidor, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Alckmin tem sido a interlocução da chapa do PT com empresários. No evento, também exaltou o plano de governo e feitos de outras gestões petistas, além de se apresentar como “copiloto” de Lula. 

No evento, o ex-governador também defendeu a retomada de investimentos públicos e disse que, para isso, o Brasil precisa sinalizar para o mundo que possui uma democracia estável. “Sem democracia, não tem como ir bem na economia.”

Candidatos também falaram

Além de tirar risos da plateia em um discurso descontraído, o candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, prometeu mudar o modelo econômico. 

“O modelo econômico é uma coisa muito prática, aponta qual é o papel do capital privado. Não há precedentes na história da humanidade, nenhuma experiência de nação que tenha lançado sua infraestrutura sem a presença do Estado”, disse Ciro.

Mais cedo, d’Avila, do Novo, havia criticado as gestões petistas no manejo das demandas de infraestrutura. “Foi no governo desastroso do PT, em que a infraestrutura virou cabide de empregos no Brasil”, disse o candidato. Ele também afirmou que parte do setor privado descobriu que é mais fácil “capturar governo do que capturar mercado”.

Para retomar o investimento público ele defende a retomada do teto de gastos. “Precisamos enfrentar o excesso de gastos com pessoal, enfrentar a reforma administrativa e dar mais poder para estados e municípios.”

Rigotto, representante de Tebet, sugeriu flexibilizações no teto de gastos para aumentar o investimento público. 


Fonte: IG ECONOMIA

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