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Assoalho pélvico exige cuidados e atenção permanentes

Exercícios próprios fortalecem o assoalho pélvico
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Exercícios próprios fortalecem o assoalho pélvico

A cantora Anitta chamou a atenção por compartilhar uma espécie de treino do assoalho pélvico, logo depois de ter sido operada para tratar a endometriose. A cantora fez um tratamento para relaxar a musculatura anal e vaginal com auxílio do biofeedback , um aparelho utilizado para captar informações da musculatura dessas regiões.

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Essa é apenas uma das indicações de cuidados do assoalho pélvico. Mauricio Abrão, ginecologista, professor de Ginecologia da FMUSP, Presidente da Associação Americana de Ginecologia Laparoscópica (AAGL) – primeiro médico de fora dos EUA a assumir a posição global -, e Coordenador do Setor de Ginecologia Avançada da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, tira outras dúvidas ligadas a essa parte do corpo. 

iG Delas: Qual a importância do assoalho pélvico?

Mauricio Abrão : O assoalho pélvico é composto por músculos e ligamentos conectados a estruturas ósseas que se fundem e sustentam os órgãos abdominais e pélvicos, além dos órgãos da região pélvica que têm funções relacionadas aos sistemas reprodutor, urinário e digestivo. Uma das principais funções é a da sustentação dos órgãos pélvicos e abdominais. 

Que tipo de problemas ele pode apresentar?

Em mulheres com endometriose, por exemplo, que sentem dores incapacitantes, ele pode apresentar contrações com piora dessas dores. Quando ele está enfraquecido pode levar ainda a constipação, incontinência urinária, sensação de peso na vagina ou no reto (intestino). 

Queda do assoalho pélvico leva à incontinência urinária
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Queda do assoalho pélvico leva à incontinência urinária

De que forma são detectados esses problemas, quais os sintomas que devemos ficar alertas?

No caso da endometriose, é importante que a mulher fique atenta aos “seis Ds”: dores pélvicas incapacitantes; dispareunia, que é a dor durante ou após a penetração; dismenorreia, que são as cólicas menstruais; a dificuldade para engravidar; a disquezia, dor ao evacuar; e a disúria, dor ao urinar durante o período menstrual. 

É necessário também investigar as dores se você fica constipada ou tem incontinência urinária. Deve fazer um checkup anual e/ou acompanhamento periódico, caso já tenha algum problema. 

É conveniente  falar para o médico todas as suas dores e além de exame clínico, ele pode pedir exames de imagem, como a ultrassonografia com preparo intestinal ou a ressonância magnética. Importante fazer esses exames. 

Para que serve o  biofeedback, como ele funciona?

O biofeedback é um aparelho que pode ser introduzido no ânus ou na vagina para captar, por meio de sinais elétricos, as contrações musculares. Também pode ser feito pelo sensor transdérmico (via pele). Esses sinais elétricos são transmitidos em tempo real para a tela do computador. Serve como avaliação e tratamento. 

Quais os tratamentos indicados para o assoalho pélvico?

Depende do problema. O biofeedback é o tratamento mais comum e indicado para a grande maioria dos casos. Mas pode ser indicada medicação, como relaxantes musculares,  e cirurgia (caso de prolapso retal). 

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Deve-se fazer uma “manutenção” permanente dessa musculatura?

Também depende. Vai precisar da avaliação do profissional. O ideal é que a pessoa faça um número de sessões de acordo com a sua condição até resolver o problema que tem. O especialista pode pedir para manter a cada período de tempo ou não. É tudo muito individualizado.

Precisa observar os sinais do corpo e trabalhar o assoalho pélvico nos mais diversos casos, desde aqueles relacionados à endometriose, a incontinência urinária (inclusive em mulheres jovens) e até a menopausa, que pode levar a flacidez do períneo, por conta da diminuição do estrogênio, e prejudicar, entre outros, a função sexual e o orgasmo.

Além da fisioterapia pélvica, ioga e pilates têm exercícios específicos para o fortalecimento dessa região. Mas nada de fazer o exercício sem a orientação de um especialista, pois o efeito pode ser contrário e você prejudicar ainda mais o problema que já tem.

Fonte: IG Mulher

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