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Aliados querem controlar Bolsonaro nos atos de 7 de setembro

Bolsonaro discursando durante o feriado de 7 de setembro de 2021
Reprodução

Bolsonaro discursando durante o feriado de 7 de setembro de 2021

O presidente Jair Bolsonaro tem recebido conselhos de aliados para não se exceder nos atos em Brasília e Rio de Janeiro, no dia 7 de setembro. A maior preocupação é que o chefe do executivo federal volte a atacar os ministros do STF e TSE e as urnas eletrônicas, além de usar frases autoritárias contra as instituições democráticas.

Após os resultados das últimas pesquisas Ipec e Datafolha, a campanha do chefe do executivo federal comemorou a queda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a probabilidade de ter um segundo turno. Mas ficou descontente com a subida da rejeição de 51% para 52%.

A rejeição do presidente vinha em queda, no entanto, essa oscilação para cima frustrou os planos bolsonaristas. Na opinião da equipe, o ataque de Bolsonaro contra a jornalista Vera Magalhães teve papel fundamental para que esse índice voltasse a crescer.

O governante já demonstrou diversas vezes que é incontrolável e não consegue disfarçar quando algo o incomoda. Apesar dos atos de 7 de setembro serem em ambientes favoráveis ao bolsonarismo, acredita-se que o clima de empolgação pode fazê-lo perder o controle e falar tudo o que pensa.

Novos ataques contra as urnas eletrônicas e ministros do Supremo podem ser fatais e afastar, definitivamente, os eleitores moderados. Além disso, há grande preocupação que Lula use isso ao seu favor e convença eleitores de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (MDB) a realizarem o voto útil, encerrando a eleição no primeiro turno.

“Estamos dando conselhos, mas o presidente chegou até aqui por méritos dele. A decisão final é do Bolsonaro, ele quem discursará e saberá quais palavras deverá falar. A gente é técnico, observamos dados e passamos as informações para ele. Só que o presidente é intuitivo e tem funcionado. A campanha confia nele”, desconversou um aliado ao ser questionado sobre a preocupação.

A equipe do chefe do executivo federal não o desencorajou a cancelar os comícios por entender que os eventos servirão para demonstrar força da campanha em relação aos seus adversários, até porque a tendência que se tenha enorme repercussão da mídia.

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Fonte: IG Política

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