Simone Tebet (MDB) cresceu acima da margem de erro na última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (1°), e agora ela fará uma campanha mais agressiva, tendo como principal alvo o presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar do aumento nas intenções de voto, a senadora identificou que candidatos ao governo, para as assembleias e ao congresso nacional do seu partido e do PSDB, principalmente no Sudeste, não estão empenhados com a corrida presidencial.
O maior exemplo usado pela sua equipe foi o candidato ao governo de São Paulo Rodrigo Garcia (PSDB). O tucano tem usado seu espaço na TV aberta e no rádio e em entrevistas para se mostrar uma figura neutra, preocupado apenas com o estado paulista. “Nem de direita e nem de esquerda” é o maior símbolo de não criar rejeição com nenhum eleitor.
No entanto, Tebet acredita ser fundamental que o governador cite seu nome para alavancar sua candidatura em São Paulo. O Datafolha mostrou que Simone tem 7% em solo paulista, enquanto Garcia alcançou 15%, ou seja, a emedebista enxerga uma margem de crescimento de 8%.
Para isso acontecer, na avaliação dela, é preciso que Garcia e outros candidatos tucanos e do MDB abracem sua candidatura e deixem de usar o discurso “nem de direita e nem de esquerda” apenas nos estados, focando também na disputa nacional.
O problema é que há resistências em diversos diretórios, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Uma ala do PSDB, por exemplo, tem se associado a Bolsonaro nos estados do Mato Grosso e Goiás. Já nos estados nordestinos, grupos do MDB usam a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para alcançarem votações expressivas.
A nova pesquisa Datafolha serviu como uma injeção de ânimo para a campanha de Tebet. Sua equipe acredita que conseguirá alcançar os dois dígitos faltando duas semanas para a eleição. Porém, para chegar ao segundo turno, todos entendem que precisam tirar votos do atual presidente da República.
Desta forma, a senadora falará sobre pautas que envolvem mulheres, sendo um contraponto em relação ao governo Bolsonaro.
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Fonte: IG Política