O efeito da primeira parcela do Auxílio Brasil não foi favorável ao presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme resultados das pesquisas de intenções de votos. Porém, aliados do chefe do executivo federal ainda demonstram esperança em relação ao programa. Na avaliação deles, é preciso esperar o pagamento da segunda parcela para ter um diagnóstico definitivo em relação ao tema.
O Auxílio Brasil se tornou a maior aposta da ala política do governante para tentar reverter a rejeição dos mais pobres a Bolsonaro. Inicialmente, a área econômica queria que o pagamento ficasse em R$ 200, mas o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), convenceu o mandatário a pagar R$ 400 por pessoa todo mês.
Só que o eleitor que recebe até dois salários mínimos seguiu apoiando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que representa 51% das pessoas que votarão em outubro. Por conta disso, o Palácio do Planalto resolveu subir o valor de R$ 400 para R$ 600.
A primeira parcela já foi paga e existia muita expectativa para que Bolsonaro crescesse entre os mais pobres, encostando no petista. No entanto, tal trabalho não surtiu efeito e o ex-presidente segue em vantagem.
Cientistas políticos apontam que o Auxílio Brasil não mudará o panorama, porque os beneficiários entendem que a manobra do governo foi apenas eleitoreira. Só que o Palácio do Planalto tem outra visão.
A equipe bolsonarista quer aguardar o pagamento da segunda parcela. Na opinião da ala política da base governista, muitos eleitores podem não ter percebido a mudança que o novo valor tem feito na vida deles.
Além disso, a campanha reforçará a ação feita pelo governo nas propagandas eleitorais. Com essa medida, a aposta é que Bolsonaro consiga terminar o primeiro turno bem perto de Lula e chegue muito forte para o segundo.
Porém, a oposição já garantiu que irá reagir e também destacará, no horário eleitoral, que o pagamento de R$ 600 não foi colocado no orçamento de 2023 do governo. A ideia é tratar o presidente como um mentiroso.
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Fonte: IG Política