Ainda sob o reflexo da queda dos preços dos combustíveis, que têm sofrido impacto de desonerações promovidas pelo governo e acompanhado as retrações das cotações internacionais, o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou deflação pelo segundo mês consecutivo agora em setembro.
O IGP-10 caiu, este mês, 0,90% acima da deflação de 0,44% e maior que a queda de 0,69% do mês anterior. Diante desse cenário, o índice passou a acumular um avanço de 8,24% em 12 meses, registrando um recuo em relação aos 8,82% obtidos em agosto.
Após recuar 0,65% em agosto, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral, também apresentou redução e teve queda de 1,18%. Já o índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que corresponde a 30% do índice geral, caiu 0,14% neste mês, depois de sofrer retração de 1,56% em agosto.
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) também apresentou variação negativa de 0,02% em setembro, após alta de 0,74% no mês anterior.
Segundo o coordenador dos índices de preços na Fundação Getúlio Vargas (FGV), os combustíveis seguem contribuindo para o arrefecimento das pressões inflacionárias tanto para o produtor quanto para o consumidor. No IPCA, a taxa de variação do diesel foi a principal influência negativa, passando de 2,28% para -6,70%. No caso do IPC, a taxa de variação da gasolina se manteve como maior influência negativa, porém reduziu menos passando de -16,88% para -9,66%.
Fonte: AgroPlus