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Eleições: o que acontece se uma urna eletrônica apresentar falha?

Problemas técnicos não interferem no resultado das eleições
Divulgação/TRE Paraná

Problemas técnicos não interferem no resultado das eleições

Por mais que pareçam sempre iguais aos olhos do eleitor, as urnas eletrônicas são atualizadas constantemente. Autoridades competentes também realizam inúmeros procedimentos, testes e manutenções preventivas para aperfeiçoar ainda mais o desempenho das máquinas. Ainda assim, a urna eletrônica é um dispositivo eletrônico e, por isso, está sujeita a apresentar falhas. Pensando nisso, a Justiça Eleitoral prevê uma série de mecanismos a serem adotados e garante que problemas técnicos não interferem no resultado do pleito .

Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o primeiro passo a ser adotado nessas situações é desligar a religar a urna eletrônica. Esse procedimento é realizado pelo próprio mesário (no caso, o presidente da mesa), à vista dos fiscais presentes. O simples reinício do dispositivo não altera informações já gravadas em cartões de memória, ou seja, os votos e a informação de quais eleitores já votaram não são alterados.

Na maioria das vezes, o procedimento funciona. Mas, caso o problema persista, ainda há três alternativas possíveis, sendo a a primeira delas o reposicionamento de cartão de memória.

O TSE explica que existem dois cartões de memória, um interno à urna e outro externo. Durante a preparação das urnas, o cartão externo pode não ter sido inserido da forma correta. Nesse caso, o simples reposicionamento desse cartão pode resolver a falha. 

Se, mesmo assim, o problema não for corrigido, é possível que o cartão de memória externo esteja não só mal posicionado, como danificado. A orientação, nesse caso, é desligar a urna, substituir o cartão de memória danificado por um cartão de memória reserva e religar o dispositivo. Ao ser ligada novamente, a máquina detecta automaticamente a existência do cartão reserva e tenta sincronizar (copiar) o conteúdo do cartão de memória interno com o novo cartão externo. Feito isso, a votação pode continuar exatamente da onde parou.

Caso nenhuma das etapas anteriores sejam bem sucedidas, tudo aponta para o fato de que o problema realmente seja algum defeito na urna em si, e não no cartão de memória externo. Tendo em vista essa hipótese, deve-se substituir a urna com defeito por uma reserva.

De acordo com o TSE, as urnas reservas têm todos os aplicativos da Justiça Eleitoral necessários para a votação, mas não estão configuradas para nenhuma seção eleitoral específica e não contêm informações de eleitores e registro de quaisquer votos. É preciso, portanto, retirar o cartão de memória externo da urna com defeito e inserir esse cartão na urna reserva e ligar a urna que será utilizada dali em diante.

A urna reserva, então, irá sincronizar as informações do cartão de memória externo com o cartão de memória interno da urna reserva e passa operar normalmente. Isso permite a continuidade da votação sem a perda dos votos computados ou da informação de quais eleitores da votaram.

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Fonte: IG Política

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