O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decretou nesta quarta-feira (21) a falência do Grupo Itapemirim. A empresa passava por processo de recuperação judicial desde 2016 e voltou a ter problemas financeiros após problemas com o braço aéreo da companhia.
Segundo a Justiça, o grupo possui dívidas reconhecidas de R$ 200 milhões. A empresa ainda possui pendências previdenciárias e falta de pagamento de impostos que, se somadas, atingem R$ 2 bilhões.
A Itapemirim foi fundada em 1953 pelo ex-membro da FAB, Camilo Cola, em Cachoeiro do Itapemirim (ES). No decorrer dos anos, se tornou uma das maiores empresas de transporte rodoviário do país, mas entrou em dívidas e foi vendida por apenas R$ 1 ao empresário Sidnei Piva.
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Em 2020, a companhia retomou seu braço aéreo, a ITA Transportes Aéreos, considerada uma promessa no setor de aviação. Entretanto, a crise financeira fez a empresa cancelarem centenas de voos e deixar milhares de passageiros na mão no Natal do ano passado.
Após a repercussão e a demissão em massa de funcionários, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) cancelou o Certificado de Operador Aéreo da companhia em maio deste ano. Em abril, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) suspendeu a circulação de todas as linhas da Viação Itapemirim, sob justificativa de envelhecimento da frota. Três meses mais tarde, a ANTT ainda suspendeu a operação das linhas da Viação Kaissara, empresa controlada pelo Grupo Itapemirim.
Fonte: IG ECONOMIA