O TikTok anunciou nesta quarta-feira (21) que está atualizando suas diretrizes sobre contas políticas. Entre as mudanças, está a decisão de proibir todas as formas de arrecadação para campanhas. A determinação vale para todos os países em que o app opera, especialmente nos EUA, que terá eleições para o Congresso em novembro.
Segundo o comunicado, serão removidos da plataforma: vídeos de políticos pedindo doações ou vídeos que direcionem os usuários para uma página de doação.
A partir dessa mudança, portanto, políticos e partidos também não podem monetizar conteúdos no aplicativo por meio de recursos como moedas e brindes em transmissões ao vivo.
Essas limitações valem para a políticos e seus partidos, candidatos, perfis de governos e seus servidores, comitês de ação política e porta-vozes que representem esses grupos. São exceções : usuários politicamente ativos e ONGs envolvidas na política.
Ao proibir a captação de fundos de campanha e limitar o acesso aos nossos recursos de monetização, nosso objetivo é encontrar um equilíbrio entre permitir que as pessoas discutam questões que são relevantes para suas vidas e, ao mesmo tempo, proteger a plataforma criativa e divertida que nossa comunidade deseja.
Blake Chandlee, presidente de soluções comerciais globais do TikTok
Além disso, o TikTok também planeja exibir uma “credencial” em perfis de servidores do governo, políticos e partidos — recurso que já existe no Twitter, por exemplo. Segundo a Reuters , inicialmente esse recurso deverá ser restrito aos EUA.
De acordo com o The Verge , o processo de verificação poderá ser solicitado voluntariamente. No entanto, se o TikTok acreditar que a conta é operada por uma figura política, ela acontecerá de forma automática.
A empresa também anunciou que começará a sinalizar vídeos relacionados às eleições que possam conter informações “falsas ou não confirmadas”.
TikTok não exibe anúncios políticos desde 2019
Parece que foi ontem, mas há cerca de três anos o TikTok decidiu proibir qualquer propaganda política. Segundo a empresa, eles não eram adequados à experiência que pretendia oferecer aos usuários.
Na época, Blake Chandlee, então VP de soluções comerciais globais, disse que o foco do aplicativo era criar uma experiência genuína e divertida para quem consumia os vídeos curtos.
Vale lembrar que a proibição de anúncios políticos ocorreu depois que uma reportagem do The Guardian mostrou como a rede social censurava vídeos que o governo chinês não gostava.
Coincidentemente ou não, há pouco menos de uma semana, um executivo do TikTok se recusou a parar de enviar dados de usuários dos EUA para a China.
Além disso, uma extensa reportagem do Buzzfeed News revelou que funcionários da ByteDance, empresa controladora do aplicativo, tinham acesso a esses dados.
Fonte: IG TECNOLOGIA