As eleições brasileiras deste ano contarão com 160 observadores de diferentes entidades internacionais . O número é o maior desde 2018, quando a Organização dos Estados Americanos (OEA) passou a enviar representantes para acompanhar as votações no país. À época, a delegação tinha 50 pessoas.
Ao todo, oito entidades se farão presentes nas eleições. Além de membros da OEA, estarão presentes também filiados ao Parlamento do Mercosul, à Missão de Observação Eleitoral da União Interamericana de Organismos Eleitoreais (Uniore), a Rede de Organismos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o Carter Center, a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (Ifes) e a Rede Mundial de Justiça Eleitoral e Transparência Eleitoral.
Os observadores têm a função de monitorar diferentes aspectos da eleição, como a tecnologia usada, o sistema de votação no exterior, o trabalho da Justiça Eleitoral e regras de financiamento político. Também devem ser analisadas questões que acercam a democracia, como liberdade de expressão nas campanhas, participação política de mulheres, de grupos indígenas e de afrodescentes e o nível de violência eleitoral.
Ao fim do pleito, os observadores irão elaborar relatórios com análises e sugestões de aperfeiçoamento do sistema eleitoral. Eles apresentam um parecer preliminar logo após o segundo turno e um outro, completo, cerca de um ano depois da votação.
Além dos 160 observadores de entidades internacionais, há também 350 brasileiros espalhados pelo país que estarão de olho nas eleições, por recomendação da OEA. O pleito costuma ser acompanhado ainda por autoridades internacionais, em geral presidentes ou magistrados de órgãos eleitorais de outros países, que vêm a convite do Estado Brasileiro. Neste ano, deverão ser 80.
As eleições brasileiras vêm despertando um interesse crescente da comunidade internacional devido às suspeitas infundadas levantadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre confiabilidade das urnas eletrônicas. Em sua investida mais grave, ele reuniu cerca de 80 representantes de embaixadas no Palácio Alvorada para expor acusações falsas a respeito do sistema eleitoral.
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Fonte: IG Política