Levantamento feito pelo iG mostra que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é o candidato ao Planalto com mais seguidores nas redes sociais neste ano. Além disso, ele também é o candidato que mais ganhou seguidores. O mandatário soma mais de 44 milhões de seguidores — considerando o Twitter, Instagram e Facebook — e, em seguida, aparece o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , que acumula mais de 16 milhões.
Os dados, coletados de janeiro a setembro deste ano, mostram que, dentro desse período, Bolsonaro ganhou mais de 7,3 milhões de seguidores nas três redes sociais analisadas. Depois, aparece Lula, que conseguiu mais de 5,6 milhões.
Em terceira posição, vem Ciro Gomes (PDT) , que alcançou mais de 667,4 mil e, em quarta, Simone Tebet (MDB) , que ganhou 427,2 mil.
Conforme o levantamento, a ordem é a mesma quando se trata de quem acumula mais seguidores no total: Bolsonaro aparece em primeiro (44,6 milhões), depois vem Lula (16,6 milhões), Ciro (4 milhões) e Tebet (991,2 mil).
Confira, no gráfico abaixo, a evolução mensal dos quatro candidatos desde o início de 2022:
De acordo com o levantamento, o Instagram é a rede social mais forte dos quatro candidatos, onde Bolsonaro acumula 21,6 milhões; Lula, 7 milhões; Ciro, 1,5 milhão; e Tebet, 433,7 mil.
Como segunda rede com maior popularidade, aparece o Facebook para Bolsonaro (14 milhões) e Lula (5,1 milhões), e o Twitter para Ciro (1,4 milhão) e Tebet (369,5 mil).
No Twitter, o atual mandatário tem 9 milhões e o petista, 4,4 milhões. Já no Facebook, Ciro marca 998 mil e Tebet, 188 mil.
Ao iG , o cientista político e professor do Insper Leandro Consentino explica que a relevância das redes sociais em uma disputa presidencial tem se mostrado cada vez mais acentuada nacional e internacionalmente.
“Na eleição passada, Jair Bolsonaro tinha pouco tempo de televisão e as redes sociais deram um bom impulso na campanha dele”, afirma. “Na presente, também vemos que muitos candidatos estão buscando se inserir mais no meio social. Ciro Gomes é um exemplo importante do ponto de vista de vídeos, e o próprio ex-presidente Lula esteve reunido com influenciadores digitais.”
De acordo com o analista, as redes sociais podem influenciar em movimentos de última hora por parte dos eleitores, mas é preciso cuidado, já que, embora a quantidade de seguidores possa sinalizar a popularidade do candidato, ela não pode ser tomada como base para determinar o resultado das eleições, por exemplo.
“As pessoas, por vezes, seguem muitos dos candidatos por curiosidade, não só por simpatia. Por exemplo, tendo hoje um presidente buscando a reeleição, é óbvio que muita gente vai seguí-lo, inclusive para entender ou se manter informado daquilo que ele declara e o que ele faz”, explica. “Isso não necessariamente se redunda em simpatia por conta de todos os seguidores. Assim como várias pessoas que simpatizam com ele não estão conectadas à rede.”
Agora, segundo Consentino, existem técnicas importantes para angariar seguidores, que vão desde “maneiras como se engaja o público e como se reproduz os discursos feitos, até a adoção de táticas, por vezes, não legais ou não legítimas, como o uso de bots [robôs]”.
“Bolsonaro é um candidato que aposta fortemente nesse meio virtual, inclusive para sinalizar essa popularidade. A grande questão é saber como vão se comportar esses seguidores, sobretudo os orgânicos, em uma eventual derrota do presidente nas urnas”, aponta.
“Será que manterão a fidelidade? Será que o bolsonarismo, inclusive nas redes sociais, registra uma derrota do presidente? Essa é uma questão importante caso se verifique, de fato, o que as pesquisas estão dizendo e o presidente não seja reeleito.”
Pesquisas de intenção de voto
Embora apareça em segundo lugar com o maior número de seguidores nas redes, Lula lidera a última pesquisa Genial/Quaest para a presidência nas eleições 2022 divulgada nessa quarta-feira (28) . O petista tem 46% das intenções de votos no primeiro contra 33% de Bolsonaro.
Lula oscilou para cima de 44% para 46% na comparação com a pesquisa anterior , enquanto Bolsonaro teve oscilação negativa de 34% para 33%.
A quatro dias das eleições , previstas para acontecer no dia 2 de outubro, os dois candidatos aparecem com uma boa diferença sobre Ciro Gomes (6%), Simone Tebet (5%) e Soraya Thronicke, do União Brasil, que soma 1%.
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Fonte: IG Política