O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) prorrogou nesta segunda-feira (3) o prazo de entrega dos dados do Censo 2022 para início de dezembro. A previsão inicial era que as informações fossem apuradas ainda neste mês, mas o instituto diz ter encontrado intercorrências na realização da pesquisa.
A falta de recenseadores foi um dos problemas admitidos pelo IBGE. Atualmente, a situação é mais preocupante em Mato Grosso, com déficit de 64% das vagas, e Sergipe, que possui apenas 68% dos cargos ocupados.
“Estamos fazendo uma busca ativa para ter mais recenseadores, que está em curso desde a semana passada”, afirmou Cimar Azeredo, diretor de pesquisas do IBGE.
Desde agosto, cerca de 49% da população já teve seus dados contabilizados pelos pesquisadores. O número está muito abaixo se comparado ao último levantamento, registrado em 2010, que em 60 dias havia contabilizado 60% da população.
Azeredo culpou o déficit de recenseadores pela falta de interesse dos trabalhadores em empregos temporários. Para solucionar o problema, o diretor admitiu a possibilidade de flexibilizar a regra para as contratações dos recenseadores. Atualmente, não é possível contratar MEI’s e funcionários públicos, mesmo que aposentados.
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O IBGE ainda estuda reduzir o prazo para a contratação dos recenseadores. O processo seletivo tem duração máxima de 20 dias, atrapalhando a apuração dos dados em tempo hábil.
“É importante termos um leque maior de pessoas atuando no Censo. E seguimos trabalhando também na melhora da remuneração desses recenseadores de forma a tornar mais atrativo para que as pessoas possam estar trabalhando”, afirmou o diretor.
Cimar Azeredo ainda lembrou da dificuldade dos recenseadores em convencer o público de classes mais altas a responderem o questionário. Segundo o diretor, a recusa dificulta a análise dos dados.
O Censo 2022 está em operação desde agosto e deve trazer os dados mais atualizados sobre a população brasileira. A pesquisa deveria ter sido realizada em 2020, mas foi adiada para o ano seguinte devido à pandemia. Em 2021, o IBGE optou por mais um adiamento após na verba do instituto promovido pelo governo federal.
Fonte: IG ECONOMIA