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13 CONTRA 05 VOTOS

Paccola é cassado na Câmara por matar agente socioeducativo

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Câmara de Cuiabá

O mandato do vereador Marcos Paccola (Republicanos), foi cassado pela Câmara de Cuiabá na sessão extraordinária desta quarta-feira (5). Dos 20 vereadores presentes, 13 votaram a favor da cassação, cinco foram contrários e três se abstiveram.

O pedido de cassação foi protocolado pela vereadora Edna Sampaio (PT), que representou por quebra de decoro parlamentar, conduta incompatível da dignidade do cargo de agente político.

Ele foi investigado por quebrar o decoro parlamentar pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, em julho de 2022. Na Justiça, o parlamentar responde por homicídio qualificado.

A família de Alexandre e colegas de trabalho dele também acompanharam a sessão. Em defesa, Paccola disse que a votação do pedido de cassação é mais difícil do que o tribunal do júri e narrou a ação no dia do fato.

“Gostaria de me dirigir à família do Alexandre. Pode ter certeza que, em momento algum, eu me senti feliz ou me senti satisfeito com o resultado em se tratando, principalmente, de um colega de profissão. Naquele dia, se a decisão que eu tomei não fosse aquela, muito provavelmente eu não estaria aqui. Em uma situação onde duas pessoas encontram-se em um cenário portando arma de fogo, dificilmente a gente consegue ter um cenário diferente daquele que aconteceu”, disse.

Além disso, na sessão, o parlamentar leu um protocolo sobre técnicas de abordagem policial. Na tribuna, ele falou por duas horas para apresentar a defesa, na qual alegou que a Câmara não tem competência para julgá-lo, além de apontar supostas falhas no processo de cassação. Entre alguns pontos, Paccola destacou as perdas de prazos por parte da Comissão de Ética.

Ele ainda disse que, caso fosse cassado, acredita que a decisão possa ser revertida na Justiça e citou outras comissões processantes contra o prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (MDB), na qual os vereadores votaram contra a cassação em razão das denúncias não terem transitado em julgado na Justiça.

Paccola também fez uma provocação ao relator da comissão, Kássio Coelho (Patriota), ao questioná-lo se ele parou a campanha nas eleições para ler os depoimentos no processo. “Nenhuma testemunha que eu arrolei foi ouvida”, afirmou. Além disso, ele também criticou a atuação do Ministério Público.

Ao final da defesa, Paccola pediu que os parlamentares votassem com consciência e baseados na própria convicção. “Independente do resultado, estamos prontos para seguir nosso caminho”, finalizou.

Veja como cada vereador votou:

A favor:

  • Adevair Cabral (PTB)
  • Cezinha Nascimento (União)
  • Chico 2000 (PL)
  • Licinio Junior (PSD)
  • Ricardo Saad (PSDB)
  • Edna Sampaio (PT)
  • Juca do Guaraná (MDB)
  • Lilo Pinheiro (PDT)
  • Marcus Brito (PV)
  • Mário Nadaf (PV)
  • Rodrigo Arruda (Cidadania)
  • Sargento Vidal (MDB)
  • Wilson Kero Kero (Podemos)

Contra:

  • Demilson Nogueira (PP)
  • Paulo Peixe (Republicanos)
  • Renato Motta (Podemos)
  • Sargento Joelson (PSB)
  • Marcos Paccola (Republicanos)

Abstenções:

  • Luiz Fernando (Republicanos)
  • Felipe Corrêa (Cidadania)
  • Michelly Alencar (União)

Ausências:

  • Dídimo Vovô (PSB)
  • Marcrean Santos (PP)
  • Paulo Henrique (PV)

Com G1

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ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO

  • 6 de outubro de 2022 às 12:18:56