O senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) trocaram acusações através das redes sociais nesta segunda-feira (11). O motivo foi a operação da Polícia Federal que mirou o governador de Alagoas , Paulo Dantas (MDB) .
No segundo turno, o relator da CPI da Covid apoia a reeleição Dantas ao governo de Alagoas, enquanto Lira apoia a candidatura de Rodrigo Cunha (União Brasil).
Renan Calheiros alega que o deputado interferiu na investigação contra Dantas. O senador aponta que no dia 5 de outubro, ele fez um alerta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Ministério Público de que Alagoas “é vítima do uso político da PF e do abuso de autoridades”.
O emedebista também acusou Lira de querer montar uma Gestapo — polícia secreta da Alemanha nazista.
O senador também acrescenta que “a perseguição remonta a 2017”.
O chefe da Câmara rebateu as acusações de Calheiros, dizendo que o legislador “não toma jeito” e justificou que o STF determinou o afastamento do governador de Alagoas.
Lira ainda acusou Calheiros de querer abafar a corrupção e afirmou que hoje “não há interferência” na Polícia Federal.
Ação da PF
O governador de Alagoas e candidato à reeleição pelo MDB, Paulo Dantas, é um dos alvos de uma operação da polícia federal deflagrada na manhã desta terça-feira (11).
A ação do Ministério Público Federal (MPF) investiga supostos casos de desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa do estado . O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já pediu o afastamento preliminar de Dantas do cargo.
Na operação, apelidada de Edema, estão sendo cumpridos 31 mandados de busca e apreensão, inclusive na Assembleia Legislativa de Alagoas, no Palácio do Governo do Estado, e na casa de Dantas e de parentes. A ação apura supostos desvios públicos desde 2019.
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Fonte: IG Política