O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com 200 pastores evangélicos nesta quarta-feira (19), em São Paulo, e lançou a Carta aos Evangélicos durante o encontro. Após a divulgação do documento, o presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou a declaração durante coletiva de imprensa no Palácio da Alvorada.
No discurso aos evangélicos, Lula defendeu a participação política fora das igrejas .
“Eu defendo que as pessoas participem da política, mas se um pastor quer fazer política, ele que vá para a rua fazer política, não pode é fazer na igreja. Se um padre quiser fazer política, que saia, mas não tire proveito do altar para fazer política. Saia, vá para a rua, vá defender ou questionar o que quiser”, disse Lula.
O petista disse também que as igrejas podem atuar socialmente em conjunto com o governo. “Grande parte das políticas sociais que o governo faz podem ser feitas também pelas igrejas. As igrejas Católica e evangélica têm serviços prestados em várias áreas. As igrejas são melhores que o governo, custam mais barato”, afirmou Lula nesta quarta-feira.
Em Brasília, durante coletiva, Bolsonaro foi questionado sobre a carta do ex-presidente Lula destinada aos fiéis. O chefe do Executivo então respondeu como uma série de perguntas aos jornalistas. “Quem assinou? Qual é o perfil de quem assinou? Tem igrejas? Qual é a densidade deles?”, disse o mandatário.
No encontro com os evangélicos na zona sul de São Paulo, o candidato do PT criticou Bolsonaro, o chamando de “psicopata e mentiroso compulsivo”.
Na carta, Lula afirmou ser contra o aborto e que, se eleito, seu governo assumirá o “compromisso com a vida plena em todas as suas fases”.
“Para mim a vida é sagrada, obra das mãos do Criador e meu compromisso sempre foi e será com a sua proteção”, escreveu. O ex-presidente também ressaltou que qualquer decisão sobre o tema cabe ao Congresso Nacional.
A leitura do documento foi feita em evento com pastores em um hotel da capital paulista e contou com a presença dos deputados federais eleitos Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marina Silva (Rede-AP).
Eleições
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), L ula terminou o primeiro turno com 48,43% dos votos (57.259.504 votos), enquanto Bolsonaro marcou 43,20% (51.072.345 votos) . O vencedor da disputa irá comandar o país por ao menos quatro anos, até o fim de 2026, assumindo o governo em janeiro de 2023.
O segundo turno das eleições 2022 ocorre no dia 30 de outubro.
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Fonte: IG Política