Carros voadores parecem coisas de outro mundo ou de um futuro distante, mas não para a chinesa Xpeng AeroHT, que realizou nos Emirados Árabes Unidos o primeiro voo de seu modelo de carro voador 100% elétrico.
A empresa o classifica como carro, mas na verdade é um VTOL (veículo de decolagem e aterrissagem vertical) e não tem rodas, mas a própria Xpeng o chama de carro e trabalha em uma versão com rodas para poder circular pelos ares e pelas estradas .
Para Ricardo David, Sócio-fundador da Elev , empresa que oferece soluções para eletromobilidade , esse teste mostra o quão longe os carros elétricos podem chegar:
“É incrível observarmos como os carros elétricos estão dominando a tecnologia de transporte urbano em todos os segmentos. O primeiro carro voador a realizar um teste público é um elétrico e há motivos claros para isso, como o investimento massivo da China no segmento”, explica Ricardo.
O empresário ainda ressalta o potencial da mobilidade elétrica para setores da como logística ,por exemplo, e principalmente impacto ambiental.
“Para o setor público e para o transporte público, podem resultar em diminuição dos custos de frota, e há a possibilidade de redução de custo de passagens e a diminuição do impacto ambiental, e esses veículos podem funcionar como geradores emergenciais para as cidades brasileiras”, explica o executivo.
O setor de logística vem recebendo um grande volume de veículos elétricos. Nos Estados Unidos por exemplo, as principais empresas do ramo como FedEx , Amazon , Ups estão realizando compra de furgões elétricos para realizar a última fase das entregas , dos centros de distribuição para a casa do consumidor.
A PepsiCo será a primeira companhia a receber o caminhão elétrico da Tesla , o Semi , que está previsto para ser entregue a partir de 1º de dezembro e promete aumentar ainda mais o trajeto logístico sem emissão de gases poluentes.
No Brasil a tendência também se repete. Empresas como Ambev , Mercado Livre , DHL , já começam a eletrificar sua frota de entregas, e também as empresas de transporte como Uber e 99 taxis , por exemplo.
“Esse movimento é algo pensado. As empresas que investem na eletrificação pensam nos seus custos ao longo prazo. Por mais que o investimento pareça ser algo caro de forma imediata, os gastos com a manutenção são extremamente inferiores aos dos veículos movidos a combustão”, explica Ricardo David.
O executivo ainda ressalta que a economia que os carros elétricos geram em relação à manutenção e combustíveis pode chegar a 70% em média.
Fonte: IG CARROS