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Médico será investigado por vídeo questionando voto de mãe em parto

Allan Rendeiro será investigado pelo CRM do Pará
Reprodução/Facebook

Allan Rendeiro será investigado pelo CRM do Pará

Um médico obstetra será investigado pelo CRM-PA (Conselho Regional de Medicina do Pará) após compartilhar o vídeo de um parto onde ele questiona os pais do recém-nascido sobre a intenção de voto nas eleições .

Allan Rendeiro, de 65 anos, ameaça deixar o parto caso o pai da criança, chamada de Gael durante a gravação, afirme que vai votar em  Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) no segundo turno. 

“Eu sou Gael, já nasci 22 e vou votar no Bolsonaro… Eu vou começar a reclamar aqui no hospital… para diferenciar o negócio do pai, eles botam uma roupa vermelha… O doido não vem dizer que vai votar no Lula… Rapaz, tu quer que eu vá já embora, e nem opere ela?”, disse o médico.


Na sequência, ele filma a mãe do bebê e pergunta em quem ela votará no dia 30 de outubro. Ela, ainda na maca, não responde ao questionamento do obstetra.

“Essa aqui é a mamãe. Dia 30 ela vota?… 22, diga. Vou mandar para o Bolsonaro esse vídeo que ele está em uma live especial, e aí o Gael nasce abençoado”, diz o profissional.

Em nota enviada ao iG, o CRM-PA comunica que vai adotar as “medidas legais” diante da divulgação do vídeo do parto publicado pelo médico nas redes sociais.

“O Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará esclarece que efetivará todas as medidas legais previstas na Lei nº 3.268/57 e Resoluções do Conselho Federal de Medicina, a fim de apurar o fato. Ressaltamos que os procedimentos no âmbito dos conselhos de medicina tramitam sob sigilo, conforme artigo 1º, do CPEP”, informou a organização médica.

A Maternidade do Povo, hospital onde foi realizado o parto, informou que o médico não faz parte da equipe fixa de profissionais que trabalham na unidade.

“O Dr. Allan Rendeiro não é empregado da maternidade, e nem plantonista. Apenas atende suas pacientes na maternidade, assim como diversos outros médicos que não possuem vínculo com o hospital”, diz o comunicado.

A instituição afirma também que não tolera campanhas eleitorais no local, e que até o momento não recebeu queixas ou denúncias vindas dos pais envolvidos no caso.

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Fonte: IG Política

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