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TSE derruba site bolsonarista que coleta dados para fiscalizar urnas

Site coletava dados para fiscalização de urnas eletrônicas no dia 30 de outubro
Agência Brasil

Site coletava dados para fiscalização de urnas eletrônicas no dia 30 de outubro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou nesta terça-feira (25) a derrubada de um site bolsonarista que coletava dados de eleitores para fiscalização de urnas eletrônicas no segundo turno das eleições, marcado para 30 de outubro. A decisão foi do ministro Raul Araújo, acatando um pedido feito pela própria campanha de Jair Bolsonaro (PL).

Para o magistrado, a medida viola as regras eleitorais e acredita que o portal visa apenas a coleta de dados dos usuários de forma ilegal. Araújo ainda solicitou os dados e informações sobre os IPs usados pelo suspeito.

“Nota-se evidente o propósito do site de convencer o usuário a se tornar um fiscal e/ou delegado do partido legitimamente autorizado a fiscalizar as seções eleitorais, mediante o fornecimento de dados pessoais sensíveis”, afirmou o ministro em seu despacho.

No pedido, a campanha bolsonarista afirmou não ter relação com o portal e ressaltou o receio do uso dos dados para falsificação de documentos para fins eleitorais. Segundo o documento, o site solicitava dados como celular, data de nascimento, nome e perfil das redes sociais de voluntários para fiscalizar as urnas.

No pedido, advogados do PL ressaltaram que a iniciativa tem objetivo de causar “desordem dos trabalhos”, provocando empecilhos para atividade de fiscalização do pleito eleitoral. A campanha ressaltou ter entrado em contato com o dono do site, que teria oferecido os dados em troca de dinheiro.

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Bolsonaro e seus apoiadores já declararam ser favoráveis a fiscalização de eleitores em urnas no dia da votação. O presidente da República chegou a pedir para que eleitores ficassem em sessões eleitorais até o fim da apuração.

“Vamos votar e vamos permanecer na região da seção eleitoral até a apuração dos resultados. Tenho certeza que o resultado será aquele que todos nós esperamos, até porque o outro lado não consegue reunir ninguém. Todos nós desconfiamos”, disse em evento na cidade de Pelotas (RS), no último dia 11 de outubro.

Em outros momentos, a campanha bolsonarista colocou a segurança das urnas eletrônicas em xeque. Bolsonaro, inclusive, pediu um relatório das Forças Armadas sobre o equipamento. Nos últimos dias, o presidente negou a realização de uma auditoria, enquanto o Ministério da Defesa disse que os dados são coletados junto à Justiça Eleitoral e ressaltou a entrega do documento após o segundo turno.

Fonte: IG Política

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